Pescadores fazem novo mutirão em Cantagalo e removem 1,5 tonelada de lixo da praia

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Pouco mais de um mês após removerem cerca de uma tonelada de lixo do mar na praia de Cantagalo, na Cidade Baixa, pescadores do projeto Lixo Zero voltaram ao local na manhã deste domingo (27). O resultado do novo mutirão foi a retirada de uma tonelada e meia de entulho da areia e da água. “Enchemos duas caçambas só com os detritos”, conta o idealizador da iniciativa, Antonio Fernando Santana, conhecido como Suber.

Em 15 de outubro, quando esteve no local fazendo a mesma tarefa, o grupo contava com 50 voluntários. Dessa vez a turma cresceu. “Hoje, reunimos 65 pessoas, entre pescadores e familiares, e recebemos apoio da Marinha e da Polícia Ambiental, que disponibilizou 5 jet skis para ajudar no trabalho”, revela Suber.

Esta foi a oitava ação do Lixo Zero, que já fez a coleta de lixo nas praias do Porto e Farol da Barra, Rio Vermelho e Boa Viagem. Sem fins lucrativos, o projeto já tirou das praias de Salvador cerca de 9 toneladas de detritos.

“A sujeira no mar contribui bastante para a diminuição da captura de peixes, sem falar da pesca predatória com bomba, rede e compressor, que é o pior de todos”, alerta Alfredo Massena, 50 anos, na profissão desde os 18 e um dos voluntários do projeto Lixo Zero.Escassez de peixe
Aos 39 anos, 28 deles dedicados à pesca de apneia (mergulho sem equipamento), Suber teve a ideia de reunir os amigos de profissão ao perceber que estavam culpando os pescadores pela escassez de peixe. “Vinha sentindo um impacto muito grande na pesca submarina, várias espécies sumindo e começaram a vincular isso aos pecadores, mas a culpa não é nossa. Tanto que onde fizemos a limpeza, os corais começaram a reaparecer e peixe como badejo voltaram”, defende.

Escolha

Suber explica que a praia que vai passar pela limpeza é escolhida pela quantidade de lixo que está acumulado. “Como praticamos pesca submarina e estamos sempre na água mergulhando em toda a orla, localizamos onde tem mais lixo, nos reunimos e fazemos esta ação a cada 15 dias”, diz. Uma das dificuldades do projeto é atuar em áreas de mar aberto e muitas ondas, como a Pituba. (Correio)



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