O secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa, lamentou o crescimento do número de mortes e atentados contra policiais no estado e deixou claro que esse índice só poderá ser combatido de forma mais efetiva com adoção de medidas “sérias” que entram no âmbito de uma reforma judicial.
“Hoje nó vivemos em uma sociedade doente. A partir do momento que um policial se torna alvo, isso demonstra o nível de falta de civilidade e consciência dessas pessoas pelo Estado. Quando temos um policial como vítima quem está sofrendo isso é o próprio Estado”, lamentou Barbosa em entrevista à Record Bahia.
“Nós temos que adotar medidas sérias para evitar que mais policiais sejam mortos. Precisamos de leis mais duras para que quando esses criminosos atentarem contra o Estado, representado na figura do policial, ele seja condenado com maior rapidez, maior eficiência, para isso sirva de exemplo”, ressaltou.
Para o secretário, a reforma deve ter proporções macro que tornem inviável que um condenado por atentar contra a vida de um policial ainda “goze de regalias” que o permitam deixar o presídio.
“Não podemos conceber que um homicida de policial goze de regalias como redução de pena, como livramentos condicionais. Isso não existe em país nenhum do mundo. […] Em outros países essas pessoas chegam até a serem condenadas a morte”, analisou Barbosa.
Combate sem truculência
No entanto o secretário deixou claro que retaliações não estão em pauta para combater esse tipo de crime. No entendimento do secretário de Segurança Pública do estado, é preciso “inteligência” e precisão “cirúrgica” para combater e “desestimular” a prática. “Não é com truculência que se combate truculência”, afirmou.
