Mais de 4 mil pessoas foram vacinadas na Bahia com doses interditadas pela Anvisa

                                      Breno Esaki/Agência Saúde

 

Ao todo, 4.161 pessoas foram imunizadas na Bahia com doses da CoronaVac, vacina contra Covid-19, interditadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início deste mês, segundo informações da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). Deste total, 2.325 imunizantes foram aplicados em Salvador.

De acordo com a Sesab, a Bahia recebeu três lotes com as vacinas interditadas entre 27 de julho e 1º de setembro. Cerca de 575.980 doses foram distribuídas em 294 municípios. Desse total, 234.380 chegaram aos pontos de vacinação.

A coordenadora do Programa de Imunização da Bahia, Vânia Brouke, disse que os imunizantes interditados começaram a ser devolvidos pelos municípios baianos.

“Até o momento, mais de 50% das doses entregues aos municípios já foram recolhidas para serem devolvidas à central regional”, explicou.

Segundo o imunologista Gustavo Cabral, todo o processo de desenvolvimento da vacina tem que seguir as boas práticas laboratoriais e devem acontecer no local de certificação da Anvisa. “Isso é indiscutível, mas não quer dizer que aconteceria algum problema”, comentou.

De acordo com o virologista Gubio Soares, a aplicação das doses interditadas não causa riscos à saúde.

“Não há risco de saúde, por exemplo, da vacina estar contaminada com bactéria. Não há risco de não estar imunizando as pessoas, porque quem fornece a vacina para ser envasada é o fabricante contratado e autorizado pela Anvisa”, explicou.

No dia 3 de setembro, a Anvisa foi informada pelo Instituto Butantan que o laboratório chinês que produz a CoronaVac havia envasado lotes do imunizante em uma fábrica não inspecionada pela agência.

No dia seguinte, a Anvisa determinou a interdição de 25 lotes que já estavam distribuídos pelo país e a Bahia suspendeu a distribuição e uso de três lotes da CoronaVac.

Na última quarta-feira (22), a Anvisa determinou o recolhimento de lotes interditados do imunizante que foram envasados em local não inspecionado pela agência. Já o Instituto Butantan afirmou, por nota, que substituiu os lotes da vacina interditada por doses envasadas no Brasil.

*Informações Politica Livre/G1



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