PF cumpre mandados na sede da Secretaria Municipal da Saúde em Salvador

PF cumpre mandados na sede da Secretaria Municipal da Saúde em Salvador
Ação da Receita Federal em Salvador — Foto: Phael Fernandes/TV Bahia

A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta quinta-feira (9), mandados na sede da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em Salvador e no IGH (Instituto de Gestão e Humanização), OS que presta serviços à pasta.

A ação acontece em conjunto com a Controladoria Geral da União–CGU, e é um desdobramento da Operação Kepler, que desarticulou ‘um esquema criminoso de fraude à licitação, superfaturamento, desvio de recursos públicos, peculato e lavagem de ativos’, na contratação do Instituto de Gestão e Humanização (IGH) para gestão complementar de unidades de saúde UPA e Multicentros, todas vinculadas à pasta.

A Receita Federal cumpre 14 mandados de buscas e apreensão, nesta quinta-feira (9), em operação de combate à sonegação, lavagem e desvio de dinheiro público da área de saúde. A ação é realizada nas cidades de Salvador, Camaçari e Lauro de Freitas, e conta com apoio da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União.

Nesta fase, são investigados contratos firmados nos anos de 2016 e 2018 com o Instituto de Gestão e Humanização (IGH). Na primeira fase, as investigações apontaram que as licitações eram direcionadas a beneficiar um Instituto contratado, o qual terceirizava, através de contratos superpostos e genéricos, parcelas do serviço a empresas recém constituídas e vinculadas ao próprio Instituto, tudo como mecanismo de retornar os valores das subcontratações em benefício de seus representantes e para suposto pagamento de propina a servidores vinculados à SMS/PMS.

Durante as fiscalizações, os auditores-fiscais identificaram que um instituto utilizava “laranjas” para disfarçar o repasse de dinheiro em benefício de seus dirigentes, o que resultou na representação pela suspensão da imunidade tributária do local no período fiscalizado.

A Receita Federal informou que essas empresas pagavam financiamentos de imóveis e veículos, mensalidades de faculdade e escolas, salários de empregados e outras contas vinculadas aos dirigentes.

Intitulada de “Strike”, a operação recebeu esse nome devido ao fato de terem sido identificadas, de uma vez só, várias empresas em nome de “laranjas” utilizados pela organização investigada para transferência disfarçada de recursos. Participam da ação 15 auditores-fiscais da Receita Federal, 5 analistas tributários, 16 auditores da CGU e 50 policiais federais.



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