Em nota, Uneb afirma que nome da instituição foi usado indevidamente em esquema de fraude de diplomas

O nome da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) foi indevidamente usado em um esquema de falsificação de documentos, conforme revelado pelo programa de televisão “Fantástico”. O esquema, orquestrado por um grupo de fraudadores, gerou ao menos 65 registros de falsos médicos no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ). Na sequência da operação da Polícia Federal, três indivíduos foram detidos.

A organização criminosa se dedicava à produção de documentos apócrifos de faculdades de medicina, com o objetivo de vender esses registros para indivíduos que se passavam por médicos. Os falsificadores empregavam papel de alta qualidade e replicavam meticulosamente os logotipos das universidades. A UNEB, infelizmente, foi frequentemente usada como referência nos dados fraudulentos.

Francisco Guarani, delegado da Polícia Federal, informou que “a investigação revelou a existência de uma estrutura corporativa por trás da venda de diplomas e históricos escolares falsificados.”

Os criminosos também criaram e-mails falsos em nome das instituições de ensino. Para a UNEB, por exemplo, eles usavam o endereço: [email protected], conseguindo assim ludibriar o CREMERJ.

Testemunhos de supostos médicos apontaram para o envolvimento de Diego da Silva Jacome de Lima, que admitiu nunca ter estado no campus da UNEB e ter pago R$ 45 mil para receber toda a documentação falsa em casa. Marcelo Salgueiro Bruno e Jonny Teixeira Carreiros também compartilharam histórias semelhantes.

Em junho, a Polícia Federal efetuou a prisão de três indivíduos: Valdelírio Barroso Lima, Reinaldo Santos Ramos e Francisco Gomes Inocêncio Junior, sendo este último um médico. Ana Maria Monteiro Neta, identificada como a líder do grupo, continua foragida.

A UNEB esclareceu que todos os documentos recebidos pelo CREMERJ, que supostamente seriam da universidade, são de fato falsos e não foram emitidos ou assinados pela instituição.

O CREMERJ iniciou uma investigação após uma funcionária suspeitar dos documentos fraudulentos. O conselho revisou seus processos de verificação e cancelou todos os 65 registros obtidos com documentação falsa.

O Conselho Federal de Medicina planeja estabelecer protocolos de verificação em todo o país. De acordo com o seu presidente, José Hiran Gallo, uma equipe visitará os conselhos regionais para coletar dados e compreender as fragilidades do sistema, a fim de desenvolver correções adequadas.



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