65 mil pessoas aguardam na fila para transplante no Brasil; na Bahia, 58 pacientes estão na lista de espera

Imagem: divulgação/ Sesab

O número é um dos maiores dos últimos 25 anos, e a situação é mais delicada para aqueles que precisam de transplante de coração.

Existe uma única lista de transplantes no país, gerida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sob responsabilidade do Ministério da Saúde. Todas as pessoas que precisam de uma doação vão para essa mesma fila. No Brasil, é crime vender ou comprar órgãos humanos.

A fila por um coração é menor do que a fila por outros órgãos, como rins ou fígado, mas a situação é mais delicada porque:

  • O órgão é essencial à vida e temos apenas um.
  • A doação de coração só será possível a partir da morte cerebral de outra pessoa – e ainda dependerá de fatores como peso, altura e tipo sanguíneo.

A Bahia não realiza o procedimento desde janeiro do ano passado e pacientes que precisam ser transplantados são transferidos para outros estados. Hoje, 58 pacientes aguardam para realizar o procedimento fora de casa. Entre 2010 e 2022, apenas quatro transplantes cardíacos foram feitos em território baiano.

A última cirurgia desse tipo foi feita na Bahia em 18 de janeiro de 2022, no Hospital Ana Nery. Desde então, todos aqueles que precisam receber um novo coração são colocados em listas de espera de outros estados. A falta de recursos financeiros e a prioridade para a realização de outras cirurgias, que não o transplante, justificam a suspensão do serviço, de acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).

A previsão é de que o HAN volte a realizar o procedimento em outubro deste ano. Até que isso aconteça, pacientes precisam se afastar de familiares e amigos para enfrentar a espera por um coração em uma cidade distante, além de correr mais riscos diante da necessidade de transporte. O tempo médio de espera para a realização da cirurgia é de 6 meses a 1 ano.

A situação dos pacientes que precisam de um coração na Bahia é um exemplo do desafio que o Brasil enfrenta para atender a demanda por transplantes de órgãos. O número de pessoas na fila só aumenta, e o número de doações não é suficiente para atender a demanda.

A única maneira de resolver esse problema é aumentar a conscientização sobre a importância da doação de órgãos e incentivar mais pessoas a se tornarem doadoras. Se você é um doador potencial, registre-se no sistema nacional de transplantes. Sua doação pode salvar uma vida.



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