A Bahia agora possui um novo instrumento especializado para o combate à criminalidade, com o estabelecimento da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), oficializada por um decreto divulgado no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (29). Esta divisão da Polícia Civil será dedicada à luta contra delitos associados a contratações que resultam em prejuízos ao tesouro público.
O Secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, ressaltou que este decreto faz parte de um esforço de reestruturação das forças de segurança, que teve início no ano anterior. Segundo ele, a Deccor representa um avanço significativo no combate ao crime organizado no estado, auxiliando nas investigações de lavagem de dinheiro, desvios de recursos públicos e corrupção de servidores públicos.
A Delegada-Geral, Heloísa Campos de Brito, sublinhou a relevância dessa nova unidade para os cidadãos e o governo estadual, afirmando que a especialização na luta contra a corrupção é um marco importante para a sociedade baiana e a Polícia Civil. Ela explicou que a Deccor vai se concentrar em crimes de corrupção em geral, com um foco particular na recuperação e no bloqueio de bens originados de atividades ilegais.
Sob a liderança da delegada Larissa Laje, a Deccor está subordinada à Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Ceccor/LD), dentro do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DRACO). A nova delegacia trabalhará em conjunto com a Delegacia dos Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap) e o Núcleo de Repressão e Combate à Lavagem de Dinheiro e Recuperação de Ativos, otimizando o combate a essas infrações.
Essa iniciativa é parte de uma ampla reforma na Segurança Pública baiana iniciada em 2023, inserindo-se em um conjunto de novas estruturas que visam modernizar e adaptar as operações e procedimentos da polícia judiciária do estado às demandas contemporâneas. A reformulação da Polícia Civil inclui a criação de outras unidades e departamentos, como a Coordenação de Conflitos Fundiários (CCF), pioneira no Brasil, que veio substituir o antigo Grupo Especial de Mediação e Acompanhamento de Conflitos Agrários e Urbanos (Gemacau).
