Bebês são acomodados em caixas de papelão por falta de berços em Goiás

Bebês nascidos na Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia (GO), são acomodados em caixas de papelão em vez berços. Parentes dos recém-nascidos reclamam ainda da superlotação da unidade. Eles acrescentam que os partos não ocorrem nas salas de cirurgia.

A acomodação dos bebês nas caixas foram registradas em fotos obtidas pela TV Anhanguera. As imagens mostram recém-nascidos envoltos em mantas, mas deitados em caixas de papelão. Nas fotos, nota-se que uma delas embalava toucas descartáveis.

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Por meio de nota, a Secretaria de Saúde da cidade admite que as imagens foram feitas há cerca de duas semanas, dentro da maternidade. O texto diz ainda que a unidade atende uma demanda superior à capacidade e que “o objetivo dos profissionais que improvisaram a caixa como um berço foi de melhor atender e acolher o paciente naquele momento”.

A G1, a aposentada Neuristela Rodrigues reclama que a bisneta nasceu na enfermaria por falta de leitos disponíveis no local. “Não tinha quarto, nada para socorrer. Acho que é uma falta de vergonha. Um hospital grande como esse, que foi reformado, por que não tem tudo isso?”, lamenta.

A dona de casa Shirlei Custódia, por sua vez, conta que a maternidade está lotada e há falta de estrutura. “A sala do pré-parto estava lotada. Estavam fazendo partos lá mesmo. Eu vi dois partos, não estão indo para a sala de cirurgia, só as cesáreas”, relata.

A secretaria reforça que tomou a medida “com a aprovação da mãe, que entendeu a necessidade da situação e foi bem assistida, assim como a criança”. Ainda assim, após o registro, mais três berços foram enviados à maternidade.

A pasta afirma que a maternidade atende mais pacientes do que sua capacidade. “Em janeiro, eram feitos 70 partos por mês, agora são 130 partos”, ressalta a Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia.

*Metrópolis



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