Áudio de delatores insinua atos ilícitos ‘muito graves’ na PGR e no STF, diz Janot

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta segunda-feira (4) que o áudio que ensejou um pedido de investigação de possíveis irregularidades no acordo de delação da JBS (veja aqui) contém insinuações “muito graves” de atos “ilícitos” na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no Supremo Tribunal Federal (STF). A apuração pretende investigar se houve omissão de informações sobre prática de crimes na colaboração. Segundo Janot, o áudio traz uma conversa entre dois delatores – eles não foram citados pelo procurador-geral – e envolvem o nome do ex-procurador Marcelo Miller, que atualmente faz a defesa da JBS, e um ministro da Suprema Corte. “Esse áudio uma colega ouve domingo pela manhã. E diz: ‘Esse áudio está estranho. Envolve anexo de um parlamentar, mas não tem nada a ver com isso’. O áudio revela uma conversa entre dois colaboradores. Ao que parecem, eles não sabiam que estavam sendo gravados. Não sabiam manipular o equipamento. Esse áudio chegou na quinta, fornecido por eles”, relatou Janot, em entrevista coletiva. Ele ainda disse que vai submeter ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, o conteúdo da gravação. O procurador-geral informou também que vai chamar os delatores para prestar depoimento ainda esta semana.

*BN



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