Polícia ouve mais três pessoas ligadas ao gabinete de Marielle Franco

Foto: (Renan Olaz/CMRJ)

Polícia Civil ouviu nesta segunda-feira (26) mais três pessoas ligadas ao gabinete da vereadora Marielle Franco, assassinada no último dia 14 no Estácio, Região Central da cidade. A investigação continua com a Divisião de Homicídios, que mantém absoluto sigilo sobre a apuração. O nome das pessoas e o conteúdo dos depoimentos não foram divulgados.

Também nesta segunda, tomou posse da vaga de Marielle o suplente dela na Câmara dos Vereadores, João Batista Oliveira de Araújo, o Babá (PSOL). A posse ocorreu a portas fechadas no gabinete da presidência da Câmara dos Vereadores. O ato estava marcado para o meio-dia e não pôde ser acompanhado por jornalistas e nem mesmo assessores do Palácio Pedro Ernesto.

Marielle foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no Estácio, por volta das 21h30 desta quarta-feira (14). Além da vereadora, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu. Uma outra passageira, assessora de Marielle, foi atingida por estilhaços. A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios é execução.

Bandidos em um carro emparelharam ao lado do veículo onde estava a vereadora e dispararam. Marielle foi atingida com pelo menos quatro tiros na cabeça. A perícia encontrou nove cápsulas de tiros no local. Os criminosos fugiram sem levar nada.

Um grupo de relatores de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) classificou nesta segunda-feira (26) de “muito alarmante” o assassinato da vereadora Marielle Franco. Em comunicado, os eles também disseram que a morte teve o objetivo “de intimidar todos aqueles que lutam pelos Direitos Humanos” no Brasil.

“Pedimos às autoridades brasileiras que usem esse momento trágico para rever completamente suas escolhas na promoção da segurança pública e, particularmente, para intensificar substancialmente a proteção dos defensores dos direitos humanos”, acrescentam.

O comunicado dos relatores da ONU destaca que a ativista era “mulher e negra e uma preeminente defensora de direitos humanos” e que foi assassinada precisamente quando voltava de um evento intitulado “Jovens Negras Movendo as Estruturas”.

O texto lembra que Marielle era membro da comissão que iria verificar a intervenção das Forças Armadas no Rio de Janeiro, e que poucos dias antes de sua morte, a vereadora fez denúncias sobre o abuso policial em Acari.

Fonte: G1



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