Ato de torcedores a favor da democracia tem confronto com grupo pró-Bolsonaro e PM na Avenida Paulista

Um protesto pró-democracia organizado por torcidas de clubes de futebol e que começou de forma pacífica teve confronto entre manifestantes e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e entre manifestantes e policiais militares na Avenida Paulista, região central de São Paulo, neste domingo (31).

Pelo menos cinco manifestantes foram detidos pela Polícia Militar (PM) e levados ao 78º Distrito Policial dos Jardins. Segundo a PM, alguns estavam com produtos químicos e armas brancas. Até por volta de 16h, não havia informações sobre feridos.

A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que revidaram com pedras e paus. Houve correria. Os confrontos começaram por volta de 13h e ocorreram de forma mais intensa até, pelo menos, pouco antes das 15h.

Ás 15h20, parte dos manifestantes fazia uma espécie de barricada ateando fogo em objetos no meio da Avenida Paulista, próximo à Rua da Consolação. Também foi colocada uma caçamba na rua e uma banca de jornal foi depredada. Policiais militares também permaneciam na rua, caminhando com escudos em direção ao grupo.

Duas confusões

A primeira confusão começou por volta de 13h, quando torcedores de pelo menos quatro clubes de futebol – Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos – se manifestavam contra o fascismo e em defesa da democracia.

Inicialmente, o embate foi com um grupo de defensores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que também realizam ato no local a favor da reabertura do comércio durante a pandemia.

A Polícia Militar (PM) usou, então, bombas de efeito moral para dispersar a confusão entre torcedores e bolsonaristas. Foi feito um cordão de isolamento entre os dois grupos, que estavam entre os prédios do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e da Federação da Indústrias de São Paulo (Fiesp).

Por volta das 14h, ocorreu novo confronto, dessa vez entre policiais militares e os torcedores pró-democracia. Os PMs voltaram a atirar bombas de efeito moral e os torcedores arremessaram pedaços de pau e pedras nos policiais. A PM passou a usar gás lacrimogêneo e a atirar balas de borracha para afastar os manifestantes ligados às torcidas.

“A polícia estava ali entre os dois grupos antagônicos para manter a segurança de todos. Num determinado momento começaram a atirar pedras contra a Polícia militar, que usou bombas de efeito moral”, disse o coronel Álvaro Camilo em entrevista à GloboNews.

Fonte: G1



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