Queiroga minimiza Ômicron: ‘Variante de preocupação, mas não de desespero’

terceira dose
Foto: EBC

Em Salvador na manhã desta segunda-feira (29) para assinatura de um contrato de aquisição de vacinas contra a Covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, minimizou a chegada da variante Ômicron do coronavírus por acreditar que o sistema de saúde é capaz de dar respostas caso a nova cepa avance no Brasil.

“Pode surgir variante em qualquer lugar, inclusive aqui em Salvador. O cuidado da vigilância em saúde é o mesmo que vem sendo adotado desde o começo da pandemia. Lembra da Delta, em maio? Agora essa variante Ômicron foram detectadas mutações mas a ciência ainda não nos deu todas as respostas, é uma variante de preocupação mas não é uma variante de desespero porque temos um sistema de saúde capaz de dar as respostas no caso de uma variante dessa ter uma letalidade um pouco maior”, declarou o ministro durante conversa com a imprensa na capital baiana.

O titular da pasta também descartou a possibilidade de reduzir o intervalo de aplicação para a terceira dose (reforço) por conta da variante e criticou as pessoas que querem uma ciência “self service”.

“Terceira dose ou dose de reforço o intervalo é o mesmo, ainda não há evidência na ciência para isso [redução do intervalo]. Não se pode querer uma ciência ‘self service’, para umas coisas se quer evidência científica no nível alto, para outras não tem nenhuma, só opinião de um secretário municipal. Não pode ser assim, a partir de cinco meses já pode ser aplicado a dose de reforço naqueles com mais de 18 anos”, sinalizou Queiroga.

AMPLIAÇÃO DE BENEFÍCIOS SOCIAIS
Queiroga adotou o mesmo tom do presidente Jair Bolsonaro ao falar sobre balancear a saúde e a economia. O ministro foi questionado se a variante Ômicron pode levar a ampliação de benefícios sociais ofertados pelo governo federal.

“Os benefícios sociais são fruto de um esforço muito grande da sociedade brasileira. Isso está sendo discutido no Congresso Nacional, está aqui o ministro João Roma, e eles não são concedidos em função de variantes do coronavírus e sim da necessidade do povo brasileiro. O governo Bolsonaro está atento para tomar as medidas para dar o suporte para nossa sociedade. O presidente sempre diz: ‘cuidado com a saúde e com a economia’. Não é ‘fique em casa e a economia a gente resolve depois’, a gente viu no que deu”, disse.

A cerimônia de assinatura do contrato para aquisição de vacinas da Pfizer contra a Covid-19 ocorreu no Hospital Martagão Gesteira, que também receberá recursos do governo federal.

VARIANTE ÔMICRON
A nova variante foi identificada na África do Sul há cerca de três semanas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a  B.1.1.529 é considerada uma ‘variante de preocupação’. A nova variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia como alfa, beta, gama e delta.

A chegada de uma nova cepa do coronavírus motivou o cancelamento do Festival Virada Salvador este ano. O anúncio foi feito pelo prefeito Bruno Reis (DEM) na manhã desta segunda (29).

Fonte: Bahia Notícias



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