Filha é presa como principal suspeita de roubar R$ 725 milhões da própria mãe; entenda

A polícia estima que o prejuízo da idosa chegou a R$ 725 milhões

Quadro Sol Poente, de Tarsila,
Foto: Reprodução

Uma mulher foi presa na manhã desta quarta-feira (10), pela Polícia Civil do Rio de Janeiro suspeita de ter armado um golpe contra a própria mãe, uma idosa de 82 anos, em um esquema que conseguiu subtrair mais de R$ 720 milhões da vítima, em bens que incluem pelo menos 16 obras de artistas renomados, como Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti.

Segundo o G1, a Polícia Civil do RJ afirma que a filha elaborou todo o plano, no início de 2020. O primeiro passo foi contratar uma mulher para abordar a mãe no meio da rua e alertá-la sobre uma morte iminente na família — no caso, a da própria filha. Essa mulher, que se disse vidente, levou a idosa a outras duas comparsas, apresentadas como uma cartomante e uma mãe de santo, que confirmaram a previsão e lhe sugeriram pagar por “um trabalho” para salvar a filha.

Assustada, a idosa contou tudo para a filha. A mulher, então, prosseguiu com o plano e fingiu ficar apavorada, suplicando para a mãe fazer o trabalho espiritual. A mãe obedeceu e fez, em um intervalo de 15 dias, pagamentos que totalizaram R$ 5 milhões.

Agentes da Polícia Civil arrombaram a porta de um dos endereços de operação contra mulher que tentou golpe contra mãe — Foto: Reprodução/ TV Globo

Depois do início do “tratamento espiritual”, a filha começou a isolar a mãe dentro de casa, dispensando funcionários e prestadores de serviços domésticos. No início de fevereiro, contudo, a idosa começou a perceber que a filha tinha relação com as ditas videntes e parou de fazer os repasses. A filha começou a agredir e ameaçar a própria mãe, que só então percebeu o plano.

A polícia estima que o prejuízo da idosa chegou a R$ 725 milhões:

  • Roubo de 16 quadros: R$ 709 milhões;
  • Roubo de joias: R$ 6 milhões;
  • Pagamento pelos “trabalhos espirituais”: R$ 5 milhões;
  • Transferências sob ameaça: R$ 4 milhões.

Três obras foram recuperadas em São Paulo. Outras duas ainda não, pois foram vendidas para o Museu de Arte Latino-Americano, em Buenos Aires.



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