Uma investigação da Polícia Federal desvendou como funciona o esquema de troca das etiquetas de malas para traficar drogas. A prática veio a tona após duas brasileiras serem presas na Alemanha sob suspeita de tráfico de drogas.
O site Uol publicou uma reportagem detalhando como age os criminosos que trocam etiquetas de malas com o intuito de enviar drogas do Brasil para outros países. Veja os detalhes abaixo:
- Investigações recentes da PF apontam que um grupo criminoso enviou 40 kg de cocaína para a Alemanha através da troca de bagagens.
- O método consiste na retirada das etiquetas de bagagens aleatórias despachadas regularmente pelos passageiros. Depois disso, as etiquetas são colocadas em outras malas, estas contendo drogas ilícitas.
- As malas com as etiquetas já trocadas são desviadas da fiscalização automática, para fugir do sistema que identifica conteúdos ilícitos, chamado de BHS (Baggage Handling System).
- Enquanto alguns eram responsáveis por trocar as etiquetas e fotografar as malas, outros faziam o transporte das bagagens do terminal doméstico para o internacional.
- Conforme a polícia, as bagagens não podem sair do terminal doméstico para o internacional livremente. O grupo agia desta maneira justamente para escapar do raio-X.
- Outro ponto importante: bagagens de conexão entre voos não são fiscalizadas. Nesse setor, somente os passageiros são fiscalizados pela Receita Federal.
- Mais uma investigação, essa realizada em conjunto entre policiais civis e federais, apurou que outros funcionários também agiam no terminal 2, no setor de recheck-in, local para onde vão os passageiros de voos internacionais com conexão nacional.
- Esse tipo de ação tem o potencial de provocar prisões de passageiros inocentes nos países de destino da droga, a exemplo do que aconteceu com as brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paollin.
- Até o momento, os investigados foram identificados como funcionários de empresas terceirizadas –– diversas empresas trabalham para companhias aéreas de dentro dos aeroportos.