Investiu o FGTS na Eletrobras? Com 1 ano de privatização, saiba como resgatá-lo ou migrá-lo para um fundo diversificado de ações

A privatização da Eletrobras (ELET3) está prestes a completar 1 ano, e quem investiu parte do FGTS na oferta de ações concluída em 9 de junho de 2022 não deve estar muito satisfeito com o desempenho dos papéis da companhia na bolsa.

De lá para cá, eles acumulam queda da ordem dos 15%, além de terem passado por um bocado de volatilidade.

Os Fundos Mútuos de Privatização (FMPs) usados como veículos para possibilitar aos trabalhadores investir parte do seu fundo de garantia na oferta têm perdas de magnitude semelhante, apenas um pouco maiores por conta da taxa de administração que cobram.

De fato, esse retorno negativo é pior do que a parca rentabilidade do FGTS de 3% ao ano mais Taxa Referencial (TR), e se lembrarmos que todo ano o fundo ainda faz uma distribuição de lucros, o que eleva sua remuneração, o cenário parece ainda pior.

Ao investir recursos do FGTS em ações da companhia via FMPs, os investidores ficaram impedidos de resgatá-los e devolvê-los ao fundo de garantia por 12 meses, mas este prazo está prestes a expirar.

Assim, quem investiu na oferta e se arrependeu poderá, nos próximos dias, resgatar seu FMP Eletrobras.

Porém, ao fazer esta opção, o trabalhador devolve o dinheiro para o FGTS, pois este só pode ser sacado caso o trabalhador passe a se enquadrar em um dos critérios para saque do fundo de garantia, como demissão sem justa causa, aposentadoria ou compra de imóvel.

Uma outra possibilidade, porém, é fazer a portabilidade desses recursos para outro tipo de FMP, os Fundos Mútuos de Privatização – Carteira Livre.

Trata-se de fundos de ações diversificados, criados por instituições financeiras especialmente para receber os recursos de trabalhadores que investiram parte do seu fundo de garantia em FMPs destinados a outras ofertas de ações de estatais ou ex-estatais, como as de Vale e Petrobras, no início dos anos 2000, e agora a privatização da Eletrobras.

Diferentemente dos FMPs Eletrobras, esses fundos não se concentram em um único ativo – a ação de uma só empresa.

A diversificação da carteira por múltiplas ações minimiza os riscos e mantém a possibilidade de o investidor obter uma rentabilidade superior à do FGTS, e até mesmo bater a inflação ou aplicações conservadoras, como a poupança, no longo prazo.



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