A população de jumentos no Brasil caiu 60% nos últimos 6 anos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2017, havia cerca de 2,7 milhões de jumentos no país; em 2023, esse número caiu para 1,02 milhão.
O principal motivo para esse declínio é o aumento da exportação de pele de jumento para a China. A pele de jumento é usada na fabricação de ejiao, um produto tradicional da medicina chinesa.
O ejiao é feito a partir da gelatina da pele de jumento, que é cozida e depois seca. É usado para tratar uma variedade de problemas de saúde, incluindo anemia, insônia e impotência sexual.
O mercado chinês de ejiao é estimado em US$ 10 bilhões por ano. A China é o maior produtor e consumidor de ejiao do mundo.
O Brasil é um dos principais fornecedores de pele de jumento para a China. O país exportou cerca de 100 mil toneladas de pele de jumento para a China em 2022.
O aumento da exportação de pele de jumento para a China tem sido criticado por ambientalistas e organizações de defesa dos animais. Eles afirmam que o comércio está levando ao abate de jumentos em massa no Brasil.
Em 2021, o IBGE estimou que cerca de 200 mil jumentos foram abatidos no Brasil. O número real pode ser ainda maior, pois muitas fazendas não registram o abate de jumentos.
O abate de jumentos é uma prática cruel e desnecessária. Os jumentos são animais inteligentes e sociais que podem viver até 40 anos. Eles são usados para uma variedade de tarefas, incluindo transporte, trabalho agrícola e companhia.
O governo brasileiro deve tomar medidas para proteger a população de jumentos no país. Isso inclui proibir o abate de jumentos para a exportação de pele e investir em programas de proteção aos animais.
