O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) aceitou na segunda-feira (2) o pedido de inclusão da Maxmilhas e da Lance Hotéis, ambas do grupo 123Milhas, no processo de recuperação judicial.
A decisão foi tomada pela juíza Cláudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte. Ela considerou que o perigo da demora é verificado nos desdobramentos dos bloqueios efetivados nas centenas de ações em curso, o que pode agravar a crise econômico-financeira da empresa, obstar o cumprimento de suas obrigações, colocando em risco a continuação de suas atividades.
Com a inclusão das duas empresas, o total de dívidas do grupo 123Milhas sobe para cerca de R$ 2,5 bilhões. A 123Milhas já havia entrado em recuperação judicial em agosto, mas o processo foi suspenso em setembro, após o Banco do Brasil alegar que os documentos apresentados pela empresa não atendiam aos requisitos legais.
Na petição apresentada ao TJMG, a Maxmilhas informou ter uma dívida de R$ 226 milhões. A agência de viagens afirmou que a “crise de credibilidade” da 123 Milhas impactou as operações da empresa, que teve queda de faturamento de “70% na venda de passagens aéreas e 90% na venda de hospedagens” em 30 dias.
As empresas do grupo 123Milhas afirmam ter sido citadas em 385 ações de cobrança e outros 959 processos. Também informaram que já foram bloqueados R$ 34.428,36 de suas contas em razão de 8 processos.
O processo de recuperação judicial da 123Milhas e das empresas do grupo continua em andamento. A próxima audiência está marcada para o dia 12 de outubro.
