Dólar cai a R$ 5,228, menor valor em 4 meses, e bolsa volta aos 122 mil pontos


O dólar caiu 0,97% nesta sexta-feira (7) e fechou valendo R$ 5,228 – o menor valor para a moeda desde 14 de janeiro, quando fechou cotada a R$ 5,212. Na semana, a queda acumulada foi de 3,75%, a sexta queda semanal consecutiva e a maior retração em uma semana desde dezembro.

Na B3, o Ibovespa avançou 1,77% e voltou a passar dos 122 mil pontos pela primeira vez em meses, com uma pontuação de 122.038 no fechamento. É o maior nível desde 14 janeiro, quando o principal índice acionário da bolsa brasileira fechou nos 123.480 pontos, pouco depois de ter renovado seu recorde histórico, alguns dias antes, aos 125.076 pontos (batidos em 8 de janeiro).

Os indicadores engataram as melhoras expressivas no início da manhã, acompanhando as principais bolsas do mundo, logo após a divulgação de dados de emprego nos Estados Unidos, que vieram muito abaixo do esperado pelo mercado. Em Wall Street, os principais índices acionários voltaram também a bater recordes nesta sexta.
A economia norte-americana criou apenas 266 mil vagas de trabalho no mês passado, disse o Departamento de Trabalho dos EUA, enquanto as projeções falavam em um número acima dos 900 para o período.

A leitura é que o número baixo mostra uma economia não tão forte e reduz as possibilidades de que o Federal Reserve, o banco central norte-americano, volte a subir os juros do país, hoje a zero, tão cedo. Juros mais baixos, por sua vez, alimentam o apetite dos investidores globais por ativos de mais risco, como ações e moedas de países emergentes.

No Brasil, também tem influenciado as sessões a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa Selic de 2,75% para a 3,50% ao ano, na última quarta-feira (5). Um cenário de juros mais altos no Brasil tende a apoiar o real, segundo especialistas, uma vez que torna rendimentos locais mais atraentes, podendo elevar a entrada de fluxos estrangeiros no país.

Lá fora
Nos Estados Unidos, o S&P 500 e o Dow Jones, os índices mais tradicionais das bolsas americanas, voltaram a bater recorde e registraram seus melhores ganhos semanais desde março.

Segundo dados preliminares, o Dow Jones encerrou em alta de 0,66%, aos 34.776,44 pontos, o S&P 500 valorizou-se 0,73%, aos 4.232,43 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,88%, aos 13.752,24 pontos.

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira (7) com perdas na China, apesar de sólidos dados da balança comercial e do setor de serviços da segunda maior economia do mundo.

O índice acionário japonês Nikkei teve alta marginal de 0,09% em Tóquio, a 29.357,82 pontos, sustentado por ações de siderúrgicas e seguradoras, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,58% em Seul, a 3.197,20 pontos, em seu terceiro pregão de ganhos, e o Taiex registrou alta de 1,71% em Taiwan, a 17.285,00 pontos.

Na China continental, por outro lado, o Xangai Composto recuou 0,65%, a 3.418,87 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 1,62%, a 2.239,68 pontos. A pressão negativa veio de ações ligadas ao recente feriado nacional de três dias, que se estendeu até quarta-feira (5).

Fonte: Reuters



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