A Tendências Consultoria Integrada projeta que os salários dos brasileiros devem apresentar um ligeiro avanço de 3,9% na média geral ao fim deste ano. A perspectiva considera uma perspectiva de comportamento mais benigno da inflação e a base reduzida de comparação entre a remuneração dos trabalhadores.
No segundo trimestre de 2023, a média salarial do brasileiro foi de R$ 2.836, alta de 6,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O Distrito Federal é a unidade federativa com a melhor remuneração, com média salarial de R$ 4.648, enquanto a Bahia é o estado com o salário médio mais baixo, com R$ 1.776.
Goiás apresentou a maior alta na média salarial, com crescimento de 15,1%, de R$ 2.526 para R$ 2.908. O Acre foi o único estado onde a remuneração média caiu, de R$ 2.416 para R$ 2.393.
Os indicadores que compõe esse levantamento referem-se apenas ao salário, desconsiderando, por exemplo, transferências do Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Também não integram o cálculo outras fontes de renda, como seguro-desemprego, pensão alimentícia, entre outros.
Segundo Lucas Assis, economista e analista da Tendências, os salários apresentaram estabilidade nos últimos meses por fatores positivos e negativos. O aumento com ganho real do salário mínimo neste ano contribuiu para a estabilidade, mas a pressão da inflação nos primeiros meses de 2023 foi um fator negativo.
“No curto prazo, o rendimento real habitual deve se beneficiar da melhora da inflação e do reajuste real do salário mínimo, favorecendo a ampliação do poder de barganha dos trabalhadores”, explica.
