Taxa de desemprego no Brasil cai para 7,9% em julho; número de pessoas ocupadas volta a crescer

Desemprego deve continuar alto apesar de recuperação
Foto : Roberto Parizotti / Fotos Publicas

A taxa de desemprego ficou em 7,9% no trimestre encerrado em julho de 2023. O resultado representa uma redução de 0,6% em relação ao trimestre de fevereiro a abril e de 1,2% se comparado ao mesmo período de 2022. É a menor taxa para um trimestre encerrado em julho desde 2014, quando foi de 6,7%. A expectativa do mercado financeiro era de uma taxa de 8%.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira, 31 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Esse recuo no trimestre encerrado em julho ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio, em nota. A população desocupada ficou em 8,5 milhões de pessoas, uma queda de 6,3% em relação ao trimestre anterior e de -3,8% se comparado ao mesmo período de 2022.

Segundo a coordenadora da pesquisa, características econômicas e sazonais de cada atividade influenciaram o aumento da ocupação no país. “Após a pandemia, tivemos um período de recuperação da população ocupada onde registramos aumentos intensos disseminados pelas atividades. À medida que esse processo de recuperação se consolida, os acréscimos voltam a ser mais influenciados pelas características econômicas e sazonais de cada atividade. Com isso, na perspectiva anual, o crescimento passa a ser menos intenso”, afirma Beringuy.

O número de pessoas ocupadas voltou a crescer após dois trimestres em queda, chegando a 99,3 milhões, um aumento de 1,3% em relação ao período de fevereiro a abril, com 1,3 milhão de pessoas a mais. Na comparação anual, o crescimento foi de 0,7% (mais 669 mil pessoas), o menor dos últimos 9 trimestres consecutivos de alta.

Entre os setores que mais empregaram nesse trimestre, o destaque é para o grupo de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com mais de 593 mil pessoas. Na sequência, o setor de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas contratou 296 mil pessoas. O agrupamento de serviços domésticos cresceu 3,1% no trimestre, após queda de 3,3% no período anterior.

“No grupo da Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais o que puxou no trimestre foi o aumento em educação e saúde, tanto no setor público como no privado. Na comparação anual, a maior influência veio da área da saúde. Já o grupamento de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foi influenciado, no trimestre, pelo segmento de tecnologias da informação e, no ano, pelas atividades administrativas, profissionais e financeiras”, destaca a pesquisadora.

Além dos grupos que apresentaram alta expressiva, a pesquisa destaque eu outros, como o da Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, Construção, Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas e Outros serviços, interromperam movimentos de queda.



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