Ufba debate cotas para transexuais, transgêneros e travestis

A Universidade Federal da Bahia (UFBA), através da comissão para políticas de ações afirmativas na pós-graduação, sugeriu uma resolução de reservas de vagas para transexuais, transgêneros e travestis. De acordo com o reitor da UFBA, João Carlos Salles, o documento será enviado agora para o Conselho Acadêmico de Ensino, onde deve ser avaliado, ainda sem data definida.
“A ideia de aprofundar as ações afirmativas é uma das propostas fundamentais da nossa gestão. Sempre defendemos uma constituição de uma política de ações afirmativas que permitam uma inclusão mais efetiva, não apenas uma expansão, mas uma verdadeira inclusão, esse é um passo dessa gestão entre outros que tem sido dados nessa mesma direção. A luta por cotas é uma luta que envolve vários coletivos, do movimento negro, do movimento LGBT, de fora da universidade, é importante registrar isso,” explicou.
Segundo Salles, a resolução pede ainda a inclusão de cotas para negros, índios e deficientes nos cursos de pós-graduação da universidade. “É uma questão de inclusão. Essas minorias enfrentam dificuldades enormes. E não são só os negros e os indígenas, a comunidade LGBT, mas os deficientes também. Essas pessoas têm que superar dificuldades e preconceitos de formas muito sistemáticas, as cotas são uma forma de minimizar, de compensar e diminuir essa desigualdade na capacidade de acesso”, pontuou.
Em maio deste ano, o ex-ministro da educação, Aloizio Mercadante, publicou uma portaria normativa do MEC dando prazo de 90 dias para que universidades e institutos federais apresentassem propostas de como implementar políticas inclusivas nos cursos de mestrado, mestrado profissional e doutorado. A portaria do MEC estabeleceu ainda que as propostas de políticas de ações afirmativas deveriam respeitar a autonomia dos estabelecimentos de ensino e os “princípios de méritos inerentes ao desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação”.
No Brasil, a Universidade Federal do Paraná incluiu, no final de 2014, cota de até 5 das 18 vagas para o curso de Mestrado em Desenvolvimento Territorial Sustentável para afrodescendentes, indígenas ou pessoas trans.

*B.News



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