A Operação Lava Jato está investigando pagamento de R$ 591 mil realizado por uma empresa do grupo Libra à mulher do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Cláudia Cruz. Esse dinheiro, de acordo com a força-tarefa da Lava Jato, seria propina. Em depoimento à Polícia Federal, Cláudia disse que não se lembra do motivo do repasse para sua empresa, a C3.
“Não se recorda a razão do pagamento de R$ 591 mil que a empresa C3 recebeu da Libra Terminal em abril de 2007”, diz o trecho do depoimento da jornalista, que já foi âncora do “Jornal Hoje”, da TV Globo.
Para quem não sabe, a empresa que fez o repasse já foi beneficiada por Cunha no Congresso, em 2013, quando o deputado apresentou uma emenda à medida provisória dos portos permitindo que a Libra aderisse a uma arbitragem para sanar sua dívida com a União, de acordo com reportagem do Estado de São Paulo de janeiro.
Segundo Cláudia, ela usa a C3 para exercer suas atividades remuneradas, como mestre de cerimônias, e o preço de cada evento “variava muito”.
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