Cláudia Cruz diz a Moro que ‘desconhecia’ conta em seu nome no exterior

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Por volta das 13h45, a jornalista Cláudia Cruz, mulher do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e acusada de lavagem de dinheiro pelo Ministério Público Federal, chegou ao prédio da Justiça Federal para depor ao juiz Sérgio Moro.

Segundo as investigações, ela mantinha uma conta secreta na Suíça, denominada Kopek, que recebeu US$ 165 mil oriundos de propina de um contrato da Petrobras para exploração de petróleo em Benin, na África. As informações são de O Globo.

No depoimento, ela disse que “desconhecia a existência de conta no exterior em seu nome” e que nunca “desconfiou” de Eduardo Cunha. “Quando casei com ele, transferi a ele a administração financeira da minha vida. Nunca tive motivos para desconfiar dele”, declarou na audiência.

Cláudia respondeu apenas as perguntas de seus advogados. A mulher do peemedebista, que está preso em Curitiba por ordem do juiz Moro, declarou que “apenas usava o cartão de crédito internacional para despesas pessoais e pagamento da educação de filhos”. Segundo ela, “a fatura era paga por Eduardo Cunha”.

No depoimento dado à força-tarefa da Lava-Jato, no entanto, em abril passado, ela contou que a conta na Suíça havia sido aberta por sugestão de Eduardo Cunha, para custeio dos filhos no exterior, e que foi ele quem levou os formulários para que ela assinasse. Disse ainda que a conta era abastecida por Cunha e que ela não sabia sequer o saldo.

Na oportunidade, o advogado dela argumentou que o simples fato de não declarar a conta na Suíça à Receita Federal no Brasil não configura lavagem de dinheiro, mas apenas evasão de divisas.

*NM



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