Após prisão domiciliar, assessor parlamentar do deputado Lúcio Vieira Lima é exonerado

O assessor parlamentar do deputado baiano Lúcio Vieira Lima, Job Ribeiro Brandão, foi exonerado do cargo, conforme decisão publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (27). O servidor, que foi alvo de mandado de busca e apreensão na mesma operação que investigou o deputado, já tinha sido submetido à prisão domiciliar por determinação do ministro Edson Fachin.

Job Brandão era lotado no gabinete de Lúcio na Câmara dos Deputados. Ele se tornou alvo da Polícia Federal porque os investigadores encontraram digitais dele no apartamento em que estavam escondidos os R$ 51 milhões e até em parte do dinheiro.

Nas malas e caixas de papelão com o dinheiro, também foram encontradas digitais do ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), irmão de Lúcio, e de Gustavo Ferraz, ex-diretor da Defesa Civil de Salvador.

Na decisão do ministro Edson Fachin, ele impôs a Job as mesmas medidas cautelares impostas a Gustavo Ferraz, inclusive a prisão domiciliar. Gustavo, que também é advogado, cumpria prisão preventiva desde setembro em Brasília (DF), mas já foi transferido para a Bahia.

A prisão domiciliar de Job Brandão foi pedida ao STF pela Procuradora-Geral da República, “diante do material cognitivo indiciário que revela a sua participação nos moldes em que se deu a do investigado Gustavo Pedreira do Couto Ferraz, ou seja, em momento anterior à ocultação do numerário em imóvel cuja utilização foi autorizada em favor de Geddel Quadros Vieira Lima”.

Lúcio Vieira Lima segue com as atividades parlamentares na Câmara dos Deputados e participou na quarta-feira (25) da sessão que rejeitou enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.

Investigações

O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, decidiu desmembrar as investigações que envolvem o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o irmão dele, o deputado federal Lúcio Vieira Lima.

Pela decisão de Fachin, a apuração sobre os R$ 51 milhões encontrados no apartamento em Salvador (BA), que envolve Geddel e Lúcio, permanecerá no Supremo. O irmão do ex-ministro tem direito ao chamado foro privilegiado.

Mas as suspeitas sobre desvios na Caixa Econômica Federal, que envolvem o período em que Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco, foram remetidas à Justiça de Brasília.

A Procuradoria Geral da República já havia opinado pelo desmembramento, após a 10ª Vara Federal de Brasília remeter ao Supremo as investigações sobre os R$ 51 milhões.

*G1



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