‘Tratar todo mundo bem’ não significa não fazer crítica, diz Wagner sobre Neto

  Foto: Valter Pontes/ Secom Salvador

Após críticas aos reajustes anuais do sistema de transporte coletivo de Salvador – que foram devolvidas pelo prefeito ACM Neto, que atribuiu os comentários a “incontinência verbal” – o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE) afirmou que sempre fez críticas à licitação, que optou pelo regime de outorga onerosa. “Eu tratar bem todo mundo não significa dizer que eu não possa fazer crítica. Meu estilo realmente é mais de ir para o lado positivo, mas eu sempre critiquei a questão da forma como foi feita a concessão de ônibus, já no meu tempo”, aponta. Wagner acrescenta que o transporte é subsidiado “no mundo inteiro” e que a opção por outorga onerosa tem consequências. “Porque enquanto a gente está aportando dinheiro para bancar transporte público, como é no mundo inteiro – transporte público no mundo inteiro é subsidiado – aqui em Salvador foi feita uma licitação como concessão onerosa, que significa que levava a linha quem pagasse mais para a prefeitura. Ora, se alguém paga alguma coisa para a prefeitura tem que colocar isso no seu preço. A verdade é que foi feita a concessão e até onde eu sei poucas empresas conseguiram pagar a concessão onerosa”, analisa. O petista afirma que esperava uma manifestação do Ministério Público sobre o assunto. “Porque não é razoável em uma cidade de tanta gente simples, humilde, mas uma cidade com tantos problemas sociais, que a gente tenha colocado, não me lembro mais números, mas tipo R$ 1,2 bilhão para viabilizar o metrô e que o prefeito ou a prefeitura quisesse retirar dinheiro do sistema”, explica.

*BN



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