A deputada federal Lídice da Mata (PSB) defendeu veementemente a manutenção da atual estrutura do Ministério da Justiça e Segurança Pública, contrariando a narrativa de deputados de oposição que atribuem a crise da segurança pública no Rio de Janeiro ao Governo Federal.
Em uma entrevista à Folha de São Paulo, a parlamentar baiana desmistificou a ideia de que a situação no Rio é um problema recente, apontando que há pelo menos 35 anos existem problemas de segurança no estado. Nos últimos 15 anos, a situação agravou-se com o avanço das milícias e, mais recentemente, com a aliança destas com o tráfico de drogas, intensificando as tensões no território fluminense.
Lídice enfatizou a importância de manter a junção entre segurança e justiça, criticando a proposta de separar as polícias federal e rodoviária federal para um possível novo ministério. Ela destacou que a dissociação dessas áreas sempre foi motivo de críticas, mas agora que estão unidas, alguns setores buscam separá-las, algo que ela considera um equívoco.
Sobre as críticas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, a deputada baiana afirmou que a tensão em torno dele é resultado do enfrentamento firme que o ministro está promovendo contra a cultura armamentista no país. Ela caracterizou essa batalha como uma guerra contra um lobby extremamente poderoso, evidenciando a coragem e a integridade de Torres em sua atuação.
Lídice também ressaltou que o fato de Torres ser alvo de críticas demonstra sua competência, tanto nas ações de combate ao crime organizado quanto em relação aos eventos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Para a deputada, a firmeza do ministro em sua atuação é um sinal de que está no caminho certo na luta pela segurança pública e pela justiça no Brasil.
