Caso da menor forçada a usar cocaína segue nas investigações da polícia

O caso da menor forçada pelo pai a inalar substância alucinógena ainda está sob as investigações da polícia em parceria com o Conselho Tutelar de Santo Antônio de Jesus. Segundo o delegado titular Dr. André Oliveira, as informações da perícia irão confirmar as suspeitas apresentadas durante o conhecimento do caso.

“Ela saiu com o pai e se encontrou com o tio, e com uma terceira pessoa que ainda não foi identificada e lá o pai a obrigou usar a droga, ela passou mal, sentiu mal estar. Não houve conjunção carnal, houve o que chamamos de ato libidinoso porque o pai não tocou nela e sim o tio dela que tocou na vagina dela por cima da roupa. Então é tido como ato libidinoso”, detalhou o delegado.

A menor vive com o pai e com a mãe, que, segundo o delegado foi preciso acalma-la, pois chegou à delegacia muito perturbada e nervosa, o que dificultou os questionamentos diante da tentativa de se obter melhor informações.

Ainda de acordo com Dr. André Oliveira, o pai não tem passagem pela polícia, mas confirmada as informações após a perícia, o pai irá responder judicialmente, uma das medidas será o afastamento do pai no convívio com a menor. “Sendo comprovada toda essa situação, será decretada a prisão preventiva e mesmo não comprovado a droga, o pai vai responder judicialmente, independente de ser positivo ou não, se houve conjunção carnal ou não ou se houve contato de droga no sangue da menor, de qualquer forma o pai vai responder” afirmou o delegado.

Segundo o presidente do Conselho Tutelar do município, Lucas Santos caso já está sendo acompanhado por toda a equipe de conselheiros e para garantir a segurança, não será revelada a identidade da menor. “Quando a gente expõe um caso como esse, a criança ou o adolescente passam a ter identidade revelada e é difícil a reintegração a eles a uma vida normal, mas o Conselho está ai para apoiar, ajudar nesses casos e todos os conselheiros que foram envolvidos nesse caso, toda a equipe, estamos para ajudar nesse processo tão difícil que infelizmente aconteceu”, lamentou.

Diante da gravidade do fato, além da identidade, não será informado o local de ocorrência. “As informações que nos temos são sigilosas, mas junto com a equipe da alta complexidade, da ação social  já estamos dando todo o apoio necessário tanto a criança  quanto a mãe e a família”, garantiu Lucas Santos.

O presidente do Conselho Tutelar ainda reitera –  “Nós devemos trabalhar nesse processo de prevenção e fazer com a população confie no trabalho do Conselho pra que essas denuncias cheguem. Porque infelizmente muitas denúncias não chegam  até o Conselho , muitas ocorrências estão dentro da casa”, salientou.

(Viviane Silva/Blog do Valente)

 



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