Flanelinhas em SAJ: “35% são usuários de drogas. O problema maior está no apoio social que o município deve dar a essas pessoas”, diz gerente da ACESAJ

Nos últimos meses o assunto que tem chamado atenção, principalmente dos motoristas em Santo Antônio de Jesus é o excesso de flanelinhas nas ruas da cidade. O Blog do Valente tem divulgado as denúncias da população por causa do valor cobrado por uma vaga no espaço público, além das ameaças que as pessoas sofrem. A secretária de Ação Social relatou esta semana que medidas serão tomadas para resolução desse problema. Porém, nem todos que estão nas ruas são meros moradores de rua e isso foi comprovado pelo gerente da Associação Comercial, Wenderson Brito. Numa entrevista ao repórter Jânio Santana, ele falou que tem realizado estudos visando encontrar uma solução para reverter essa situação e os dados apontados confirmam que a questão não é simples de resolver. “Temos três anos analisando o tema  a fim de achar uma solução para resolver essa problemática tão importante para o município, conforme estudos que levantamos apontam que 35% das pessoas que estão nas ruas possuem vícios de drogas, 30% por conta do desemprego, 29% por conflitos familiares, quando a gente faz análise mais complexa da situação vemos que o problema é bem maior, ou seja, boa parte dessas pessoas tem moradia, mas devido aos problemas ficam nas ruas”, explicou. Para ele, o primeiro passo é cumprir a lei que existe no município proibindo a atividade de flanelinhas, isto é, cobranças indevidas dos espaços públicos, “Às vezes, essas pessoas nem sabem que estão cometendo infração de uma lei no município. Acho que falta muita vontade de fazer uma ação social para fazer encaminhamento dessas pessoas para as devidas áreas. Pessoas que usam drogas encaminhar para que elas tenham reabilitação, sair desse mundo do vício e ter sua inclusão social, trabalhar, ter dignidade. O problema maior está no apoio social que o município e o estado devem dar a essas pessoas que estão nas ruas e que devem ser tratadas como pessoas que precisam de assistência. É necessário medir mais esforços”, frisou. Ele destaca que a falta de atenção para a realidade tem feito com que esse cenário continue e as pessoas permaneçam nas ruas. “É necessário de fato que a ação social faça esse trabalho. Não apenas retirar das ruas, mas saber qual destino vai dar para essas pessoas”, concluiu.

Jéssica Oliveira/Blog do Valente



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