“Está difícil viver nessa cidade”. Essa é uma das frases mais faladas pela população santoantoniense nos últimos meses. O índice de assaltos aumentou assustadoramente na cidade e a população se tornou a mercê dos bandidos sem poder até mesmo trabalhar. Todos os dias, a polícia registra casos de assaltos em diversos pontos do município. Esse fim de semana superou nas ocorrências de ações dos assaltantes, foram postos de combustíveis, bares, praças, residências, locais de trabalho, totalizando cerca de 21 casos de assaltos, isso sem contar com aqueles que as vítimas não informaram a polícia. Diante desse quadro crítico, o comandante do 14º batalhão, Tenente Coronel Adalberto Piton informou que a polícia tem feito seu papel, mas as demandas só aumentam. “Sabemos que essa questão da segurança publica tem preocupado não só a comunidade de Santo Antônio de Jesus, mas de todo o país. É bom lembrar que para se prender no país é só em dois casos: prisão em flagrante ou mandado judicial. Já apreendemos 93 armas, ano passado foram 46, praticamente dobramos. Já fizemos esse ano 228 prisões em flagrante, 225 apreensões de drogas, apreendidos e recuperados 896 veículos na região. A polícia trabalha, o problema é que a demanda tem aumentado, e isso está atrelado ao uso de drogas, aí não é problema de polícia e sim do individuo que alimenta esse sistema”, disse. Mais uma vez ele falou que a legislação não coopera com o trabalho da polícia, por isso há tantos casos de prisões em um dia e no outro já está novamente nas ruas. “Para o tamanho de Santo Antônio de Jesus precisaríamos de um contingente cinco vezes maior, mas será que o aumento do contingente significa necessariamente redução de criminalidade? Segundo estudos não, temos vários estudos científicos que provam que o aumento de polícia não implica necessariamente em redução de criminalidade. Redução de criminalidade passa por diversos fatores inclusive a legislação que não nos ajuda no momento”, pontuou. O Comandante solicita que as vítimas de assaltos informem a polícia, pois há casos da polícia saber via áudios de Whatsapp compartilhado entre grupos.
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