Santo Antônio de Jesus: estelionatários fisgam na internet vítimas do golpe do emprego

Neste período de crise econômica, a ansiedade faz o desempregado, em busca de uma oportunidade profissional, não perceber que por trás de propostas de trabalho tentadoras estão bandidos especializados em aplicar, de uma forma mais moderna, o antigo golpe do emprego.

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Os estelionatários escolhem as “presas” em sites de currículos na internet, ou em grupos nas redes sociais, usam táticas já conhecidas para enganar as vítimas: oferecem benefícios irrecusáveis e salários altíssimos, bem acima do valor pago pelo mercado.

As propostas, geralmente, são feitas por meio de ligações ou mesmo pelo Whatsapp, através dos números que as vítimas passam para os criminosos de forma inocente. O maior sinal de que tudo é uma furada, segundo a polícia, é a cobrança feita pelos criminosos aos trabalhadores. Ou seja: para ficar com a vaga, é necessário pagar por ela.

Perfil falso usado para postar suposta vaga de emprego
Perfil falso usado para postar suposta vaga de emprego

 

Em Santo Antônio de Jesus, diversos estelionatários estão usando perfis falsos nas redes sociais para fazer vítimas, principalmente nos grupos de compra e venda. Os criminosos postam supostas vagas de empregos, como se determinada empresa de porte estivesse contratando, tudo não passa de isca, o golpe tem sido aplicado em diversos grupos da cidade. Geralmente, os perfis que postam são criados horas antes e só postam uma foto, para enganar os usuários, com o perfil fake, um post é feito com a suposta oportunidade de emprego repleta de vantagens para atrair as vítimas.

 Vítimas dos estelionatários em Santo Antônio de Jesus
Vítimas dos estelionatários em Santo Antônio de Jesus

 

Neste momento, a vítima acaba fornecendo de forma inocente, dados que serão usados pelos criminosos, como número do telefone. Durante as ligações, os estelionatários informam que para ficar com a vaga, o interessado deve depositar dinheiro em uma conta fornecida por eles, deixando claro a aplicação do golpe, que vem causando prejuízo a várias pessoas no país.

Desconfie dos benefícios vantajosos

Os bandidos especializados no golpe do emprego sempre agem à margem das leis trabalhistas e isso pode ajudar o candidato a identificar a fraude.

Alguns criminosos recrutam pessoas de outros Estados, fazem o trabalhador gastar com passagens e até parcelar no cartão de crédito gastos que seriam para pagar exames admissionais e outros supostos custos da contratação.

Esses são os sinais de que uma proposta de trabalho é um golpe, segundo o superintendente-adjunto do Ministério do Trabalho e Emprego, Alcimar Candeias. “Pediu para o trabalhador pagar para ter direito ao emprego, pode ter certeza que é uma trapaça. Nenhum custo pela contratação deve ser repassado pelo empregador ao funcionário. Cabe ao patrão todos os encargos, inclusive com qualificação e treinamento”, explica.

O trabalhador deve desconfiar também de vagas que oferecem benefícios exagerados principalmente para pessoas com pouca qualificação ou sem experiência profissional.

Como reconhecer o golpe

1: A empresa liga para a vítima fora do horário comercial e marca entrevista para a manhã seguinte. Essa atitude dificulta checagens e “obriga” o candidato ir pessoalmente à empresa. Mas antes pergunta se a vítima tem conta-corrente.

2: O tipo de emprego ofertado pela consultoria por telefone é irrecusável. O salário é bem acima do oferecido pelo mercado, e os benefícios não condizem com o cargo em questão.

3: O patrão falso diz ao cliente que ele é perfeito para a vaga, mas seu currículo precisa ser refeito. Na hora da suposta entrevista com a consultoria, o “headhunter” perde mais tempo falando das maravilhas do futuro emprego e elogiando o perfil do que entrevistando o candidato.

4: Antes de assinar o contrato, a agência diz que não cobra taxas do cliente, apenas o custo com o teste psicológico, supostamente exigido pela empresa ou cobra por cursos de qualificação que são necessários para as vagas.

5: As promessas verbais de garantia de emprego não estão descritas no contrato. Os golpistas também não entregam recibos dos valores pagos pelas vítimas.

*Jornal do recôncavo



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