O Programa do Valente e o quadro ‘Facemp em Ação’ recebeu nesta edição de quarta-feira (15), estudantes e professores de Engenharia da Faculdade de Ciências e Empreendedorismo – Facemp. O bate-papo falou sobre projetos de engenharia no município de Santo Antônio de Jesus, além da ausência dessa profissão em alguns destes projetos. Mesmo com as cobranças aos engenheiros nas obras que acabam sofrendo com os danos das chuvas do município, o professor e coordenador do curso, Leandro Chagas defende a classe e ressalta que as consequências das fortes chuvas são da população. “A causa de toda essa quantidade enorme de chuva é causada por nós humanos mesmo, por todo esse desmatamento e situações que fazemos no dia-a-dia”, frisou.
O professor também enfatizou a importância de cada construção possuir uma área verde. “Toda construção é obrigatório que se tenha áreas verdes. Ela é tão importante porque é o local que a água bate e penetra no solo, quando fazemos construções nos asfaltos, impermeabilizamos o solo e a água não penetra”, explicou.
Ainda nos questionamentos das chuvas e danos no município, a professora Valquíria ressaltou a necessidade em pensar em cada projeto detalhadamente e com muita cautela. “É importante salientar que seja feita o processo de drenagem no geral. Muitas vezes esse projeto não é feito ou é realizado de forma ineficiente e a destinação da água é inadequada e em função disso ocorrem enchentes e outros problemas”, salientou.
A dica da profissional, é de que o órgão que contrata o serviço e o engenheiro que se torna responsável pelo mesmo, busque dados acessíveis a categoria e essenciais para projetos que envolvem água. “Em projetos de drenagem existem dados de precipitação no tempo e mostram a previsão de quando ocorrerá uma chuva de grande intensidade e os dados estão disponíveis para todos os engenheiros”, acrescentou.
Cursando o quinto semestre de Engenharia, o estudante Derlan Santos pretende escrever em seu Trabalho de Conclusão de Curso – TCC sobre drenagem urbana em Santo Antônio de Jesus e diz que já tem algumas referências e exemplos sobre o assunto. “Eu já tenho lido algumas coisas e visto em Santo Antônio de Jesus bocas de lobo que estão entupidas e não tem como dar vazão, entre outras coisas”, citou.
A realidade da infraestrutura de Santo Antônio de Jesus não tem sido diferente da maioria das cidades da Bahia, que possuem estruturas antigas e foram planejadas para residências menores e consequentemente menos habitantes ou não visava o avanço em automóveis e outras tecnologias.
Assista entrevista completa:
https://www.facebook.com/blogdovalente/videos/432016124248228/
