Cientistas de Israel, Reino Unido e Brasil arrecadam dinheiro para teste mais eficaz de Zika

IMAGEM_NOTICIA_5Pesquisadores de Israel, Reino Unido e Brasil iniciaram uma campanha de arrecadação de dinheiro por meio da internet para desenvolvimento de um teste rápido e barato para detecção precisa da presença do vírus Zika na saliva. Caso o estudo dê frutos, a promessa da equipe é tornar públicos, na internet e de forma gratuita, todos os resultados e métodos obtidos, para serem reproduzidos em qualquer parte do mundo. O teste deve detectar, segundo a Agência Brasil, o RNA do vírus na saliva, caso a pessoa tenha sido infectada. Esse código molecular é uma espécie de identidade do Zika, semelhante ao DNA. Para isso, a primeira fase da pesquisa se dedicou a reunir todos os 40 mapeamentos de variedades do zika feitos no mundo até agora e a cruzar informações para saber que parte do RNA é inconfundível. “Fazendo diagnósticos para identificar esse RNA você pode ter um resultado muito preciso, porque trabalha com o RNA do vírus e não com a proteína que ele produz ou que o seu corpo produz quando tem o vírus”, afirmou o pesquisador-chefe do projeto, Gilas Gomé, da Universidade de Tel Aviv, em Israel.

Depois de conseguir isolar essa sequência genética, a ideia dos cientistas é usar uma tecnologia simples e barata para identificar a presença do Zika na saliva. De acordo com eles, não é preciso usar qualquer equipamento, laboratório ou profissional altamente treinado. Basta que se colha uma amostra da saliva ou da excreção do nariz e coloque em um pequeno tubo de plástico com um reagente químico. “O método que os laboratórios comuns de análise usam é o PCR, que é Reação em Cadeia de Polimerase.

É bem clássico dentro da biologia molecular, mas é caro, de alto custo. Isso é um fator limitante porque, por exemplo, o SUS [Sistema Único de Saúde] não tem como arcar com a demanda de todo mundo que está infectado para fazer os testes”, disse Maria Amélia Borba, biomédica e estudante de doutorado do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A última fase é levar o kit de testagem a campo para usar em humanos e mosquitos, o que, dependendo do valor arrecadado, pode ocorrer em dois meses, segundo Borba. (Bahia Notícias)



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