A vesícula é um pequeno órgão que fica abaixo do fígado, responsável por armazenar um líquido verde que as pessoas conhecem como bile. As alterações nos componentes que a bile possui (colesterol, sais biliares e água) são as causadoras das pedras na vesícula.
Fatores de Risco
O médico especialista em laparoscopia, Paulo Sérgio, da clínica Santo Antônio, explicou em entrevista ao Levante a Voz, da Andaiá FM, os fatores de risco que levam a formação das pedras na vesícula. “Muita gente pensa que o fato de comer sementes, ou comer muita gordura, leva a formação de cálculos na vesícula. A alimentação nada tem a ver com a formação das pedras. São vários os fatores de risco. Um deles é o sexo. Existe três vezes mais casos de pedra na vesícula em mulheres de que em homens. Outro fator de risco é a idade. Entre os 30 e os 50 anos é o período de maior probabilidade de formação”. O médico ainda acrescenta que fatores hereditários também influenciam na formação dos cálculos. “Que tem parentes em primeiro grau com pedras na vesícula tem chances duas a três vezes mais de desenvolver o problema.” Jejum prolongado, diabetes e obesidade também tem relação com os cálculos.
Sintomas
“Os principais sintomas são as dores na região do hipocôndrio direito, que fica abaixo das costelas. É uma dor forte e repentina”, alerta o médico. Complicações podem levar a febre e ao olho amarelado. No entanto, a maioria das pessoas com cálculo na vesícula não sente nenhum sintoma. “A pessoa pode passar a vida inteira sem sentir nada, mas existe um percentual de risco em torno de 15%( QUE PODEM APRESENTAR SINTOMAS AO LONGO DA VIDA) que precisam se submeter a uma cirurgia”.
(Quanto menor, pior)-tirar isso.
O tratamento se baseia no sintoma que a pessoa apresenta e, diferente dos casos de pedras nos rins, cálculos menores podem causar enormes complicações. “Chás não diminuem e as pedras não saem na urina. O único tratamento indicado é a cirurgia. Não existe a questão do tamanho, no caso da vesícula. O cálculo menor é até mais arriscado, pois corre o risco de descer para o canal e o obstruir”, pontua o médico Paulo Sérgio. Procurar um especialista para analisar o caso e indicar o tratamento é essencial para resolver o problema.
Dr. Paulo Sérgio cirurgião geral e especialista em laparoscopia
Atende na Clínica Santo Antônio
