China registra novo surto de pneumonia de causa desconhecida; veja o que se sabe até agora

Foto: Reprodução

Um surto de pneumonia em crianças na China despertou um alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS) na última quarta-feira (22). Apesar de médicos consultados pela imprensa ocidental não observarem riscos significativos, as semelhanças com o início da pandemia de COVID-19 geram uma apreensão global. Entre as similaridades estão um rápido aumento no número de casos e a falta de informações claras sobre o surto por parte do governo chinês.

Os primeiros casos de COVID-19 surgiram pouco antes do inverno, na província de Wuhan, com os hospitais rapidamente lotados. Médicos que relataram problemas respiratórios desconhecidos foram detidos pelo governo, que também limitava a presença e pesquisa de cientistas estrangeiros ligados à OMS. Em questão de semanas, a doença se espalhou globalmente, tornando-se a maior pandemia dos últimos cem anos.

Ao contrário dos primeiros casos de COVID-19, o atual surto, descrito como “uma doença semelhante à gripe”, afeta principalmente crianças em idade escolar. Ainda não há relatos de quadros graves ou mortes, mas radiografias indicam a formação de nódulos pulmonares, gerando incertezas no diagnóstico. A doença vem sendo observada desde outubro, mas chamou atenção após a imprensa mostrar hospitais pediátricos lotados e o aumento incomum de casos destacado por infectologistas.

O surto foi observado na região norte, incluindo Pequim e Liaoning. Especialistas destacam a distância entre as localidades, considerando incomum que tantas crianças de áreas distantes tenham a mesma doença simultaneamente. Os sintomas principais são febre alta, sem tosse, e, em alguns casos, nódulos pulmonares.

Em resposta à OMS, autoridades chinesas afirmaram, em uma teleconferência, que não identificaram agentes patógenos novos ou incomuns. Garantiram que o aumento de doenças respiratórias não sobrecarregou as capacidades hospitalares.

Apesar da preocupação associada à memória da pandemia de COVID-19, especialistas não acreditam que o surto atual na China tenha potencial para se tornar global. A explicação predominante é que a China enfrenta um aumento comum de doenças respiratórias neste primeiro inverno sem as restrições anteriores, e não há indícios de um novo patógeno emergindo. A OMS recomendou medidas para reduzir o risco de doenças respiratórias, incluindo vacinação, uso de máscaras e lavagem regular das mãos.



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