Esta semana estive assistindo na TV a história de um vaqueiro que ficou oito anos condenado por um crime que não cometeu. Após o verdadeiro autor do crime ser preso e confessar tudo, o vaqueiro foi solto. Perdeu oito anos de sua vida acusado por algo que não fez. Foi desmoralizado, perdeu amigos e todo mundo ( com exceção da mãe ) acreditou que ele fosse culpado. Uma pessoa simples, pura e sem maldade jogada no meio dos criminosos por quase uma década. Não há como reparar tamanho erro. Diante de um fato desse me lembro exaustivamente discutida da pena de morte. Não resolveu o problema em país nenhum do mundo embora, por aqui, muitos não hesitam em defende-la como uma alternativa viável para combater o crescimento da criminalidade. Após assistir a reportagem na TV é inevitável questionar se a justiça brasileira tem condições de julgar, condenar e tirar a vida de alguém. No caso do vaqueiro, por exemplo, só pra se ter uma idéia da lentidão e imperícia com que as coisas caminham em nosso país ( especialmente para quem é pobre ), mesmo com a confissão do verdadeiro culpado o rapaz só foi solto oito meses depois – caso houvesse pena de morte no Brasil já teria sido executado há muito tempo. Pense nisso.
