Barracas ao lado do Centro Cultural são desfeitas por ordem da prefeitura, relatam os proprietários

Os proprietários de barracas ao lado do Centro Cultural localizado  na Rua Antônio Fraga em Santo Antônio de Jesus receberam  um comunicado da prefeitura solicitando a retirada do estabelecimento do local.

Roque Jesus Viriato, proprietário de uma lanchonete há 12 anos, relatou que foi informado  na última segunda-feira, 6, de que teria de retirar a barraca dentro de 24h. Ele procurou o chefe de gabinete Joanito Barbosa que lhe garantiu que isso não iria acontecer sem que outro lugar fosse disponibilizado,  mas isso não aconteceu.  Um novo comunicado foi enviado ontem, 9. ?Recebi o comunicado que hoje, 8 ,  8h da manhã, o guincho já vinha tirar a barraca, levaria para o pátio da secretaria de Infraestrutura e ainda tínhamos  que pagar pelo espaço. Estou carregando minhas coisas para não perder de tudo?, desabafou. Ainda de acordo o cidadão, a prefeitura alegou que as barracas estão empatando o passeio público. A lanchonete tem  Alvará da Vigilância Sanitária.

Valmir de Jesus, um dos proprietários de um ponto de mototáxi, preferiu não desmontar a barraca e esperar que a prefeitura retire. ?Eu não tenho para onde levar. Eles tiram e levam para a infraestrutura. Minha maior raiva foi que Joanito me garantiu que esse prazo não era válido e hoje recebemos essa notícia?, argumentou.  10 mototaxistas trabalham neste ponto.

Direito de resposta

O diretor do Uso, Ocupação e Fiscalização do Solo em Santo Antônio de Jesus, José Luís de Souza Leão, disse que nenhuma das barracas apresentou  documento.  Ele disse ainda estar assegurado pela lei. ?Eles não tem Alvará e estão no passeio. Eles foram avisados na última sexta-feira, pois os convidei aqui na secretaria e expliquei toda situação. Mostrei a Lei e disse que na segunda-feira, notificaria. Dei o prazo até ontem, mas não foi cumprido. Então, tive que fazer cumprir a Lei, nada além disso,?, explicou.

Segundo Leão, essa operação será realizada com outras barracas que estão em locais impróprios.  Um novo espaço ainda não foi escolhido para que esses cidadãos possam continuar trabalhando. Quando a informação do chefe de gabinete dada aos proprietários das barracas que eles só sairiam do local após já ter outro espaço definido, Leão disse não ter conhecimento deste fato. ?Eu desconheço totalmente essa informação. E eu tenho de cumprir o que determina a Lei?, afirmou. 

 

Nadia Santos, com reportagem da rádio Andaiá FM



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