A incidência de algumas infecções hospitalares sobe até 57% no verão, segundo estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu, interior de São Paulo. A pesquisa analisou cinco mil exames de sangue de pacientes internados no HC de Botucatu com infecção sanguínea, geralmente associada ao uso de cateteres. Do total, 1.500 tinham infecções adquiridas dentro do hospital. Após testes estatísticos, os pesquisadores identificaram que as bactérias gram-negativas, principais causadoras de infecção hospitalar, têm comportamento sazonal.
Segundo o professor da Unesp e orientador do trabalho, Carlos Magno Fortaleza, para cada 1º C a mais na temperatura média mensal, aumentou em 13% a incidência de uma bactéria causadora de infecções graves e resistentes a antibióticos.
A pesquisa é resultado da tese de doutorado da enfermeira Silvia Caldeira e será publicada como artigo científico na revista “Infection and Hospital Epidemiology”. O estudo sugere que as campanhas de prevenção da infecção hospitalar ocorram no verão, entre dezembro e março, e não em maio, como ocorre atualmente. As campanhas orientam sobre a importância da lavagem correta das mãos e do isolamento de pacientes. Informações da Folha
