Especialista alerta sobre risco de exposição de dados nas redes sociais

Qualquer usuário de redes sociais pode ter seu nome completo, localização e até número de telefone revelados em poucos minutos, mesmo tomando precauções.

Em palestra no 11º congresso da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) neste sábado (25), em São Paulo, o especialista em pesquisas na internet da “BBC” Paul Myers listou sites que podem ser acessados abertamente para encontrar dados pessoais de outras pessoas.

As ferramentas são úteis em investigações jornalísticas e permitem localizar estelionatários e até terroristas, mas também mostram como usuários do Facebook, Twitter ou Skype estão desprotegidos.

A maior parte deles usa dados pessoais disponibilizados online ou o endereço eletrônico (IP) do internauta para fornecer as informações. Myers comparou o IP a uma agenda de contatos de celular. “Seus amigos tem um número associado ao nome deles. Na internet, você também tem um número. E pode ser rastreado”, disse.

Segundo o jornalista, sites como “Regex.info” permitem descobrir onde algumas fotos foram tiradas, em que data e com qual aparelho celular.

Outros, como”TrueCaller”, podem, com uma simples pesquisa, mostrar o dono de uma linha telefônica ou conta de Skype e em que país ou endereço ele está.Questionado se é possível retirar as informações pessoais da internet depois que elas já estão públicas, Paul Myers foi direto: “É como tentar ‘desfritar’ um ovo.”

No entanto, é possível evitar que ainda mais dados sejam comprometidos. Algumas medidas são nunca fornecer compartilhar a localização quando perguntado por um navegador e manter as publicações nas redes sociais apenas para amigos.

O uso de janelas anônimas ou abas incógnitas, oferecido por alguns navegadores, também não garante proteção.

CRISE HUMANITÁRIA

Também durante o congresso neste sábado, jornalistas que atuaram em crises humanitárias debateram a cobertura do tema em situações extremas.

Para Leandro Colon, repórter especial da Folha de S.Paulo e primeiro a mostrar no Brasil, em 2014, a chegada à Itália de imigrantes africanos resgatados no mar, essas coberturas são uma aposta. “Custa muito caro, você ficam dias sem dormir.”

A repórter especial do jornal “Zero Hora” Letícia Duarte, também participou da mesa e disse que é preciso “ter a maior proximidade possível para traduzir esse mundo ao leitor”. Com informações da Folhapress.



Veja mais notícias no blogdovalente.com.br e siga o Blog no Google Notícia