Alunos e pais foram surpreendidos nesta segunda-feira (27) com a notícia de que câmeras de monitoramento foram encontradas dentro de banheiros da Escola Estadual Oswaldo Cruz, que fica no bairro da Mooca, em São Paulo. A diretora da unidade foi afastada pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc).
A maneira como os dispositivos foram descobertos deixou a comunidade escolar apreensiva e disseminou a tese de que o equipamento possa ter sido instalado nos banheiros por responsáveis pelo estabelecimento.
Um jovem do 3° ano do Ensino Médio, na última semana, foi chamado à diretoria para ser acusado de estar fumando no local, o que é contra as normas da escola. Ele refutou a acusação e então fotos suas fumando no banheiro foram apresentadas pela diretora, que disse ter conseguido as imagens por meio de um aluno que o teria flagrado cometendo a infração.
No entanto, o rapaz considerou a versão improvável já que ninguém havia entrado no banheiro e o fotografado, e as cenas pareciam terem sido captadas de cima para baixo. Ele, mesmo sendo suspenso disciplinarmente por sete dias pela conduta, voltou ao lugar e então olhando as paredes encontrou o pequeno dispositivo, instalado atrás dos azulejos e com a lente colocada no milimétrico espaço dos rejuntes.
Um vídeo mostrando o flagrante das câmeras escondidas passou a circular na internet nos últimos dias e colocou a Secretária de Estado da Educação em meio a acusações de graves violações ao direito de privacidade dos alunos. Uma outra câmera também foi encontrada posteriormente no banheiro feminino.
A pasta se apressou em informar que “a instalação de câmeras nos banheiros não faz parte das diretrizes” da Seduc e comunicou a remoção imediata da responsável pela Oswaldo Cruz do cargo. Uma investigação foi aberta para apurar quem instalou os equipamentos nos dois banheiros.
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