Uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) da Força Aérea Brasileira (FAB) sofreu uma queda e colidiu com o solo em uma região desabitada, nesta terça-feira (07). O equipamento estava sendo utilizado para auxiliar no resgate de pessoas isoladas após as fortes chuvas que assolaram o estado do Rio Grande do Sul desde o fim de abril.
“Uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), da FAB, que é empregada nas missões de apoio aos atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul, apresentou durante sua operação um problema técnico e veio a colidir com o solo, em região desabitada, nesta terça-feira (7/5). A Força Aérea informa que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) vai investigar os fatores contribuintes da ocorrência aeronáutica”, diz a nota da FAB.
Segundo comunicado da FAB, a ARP, empregada nas missões de apoio aos atingidos pelas enchentes, apresentou um problema técnico durante sua operação, resultando na queda. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) será responsável por investigar os fatores que contribuíram para o incidente.
O modelo israelense RQ-900, pertencente à Base de Santa Maria, estava sobrevoando áreas afetadas em busca de pessoas em situação de risco. Capaz de voar por até 36 horas sem reabastecimento e atingir altitudes de até 9 mil metros, o drone já havia contribuído para o resgate de 36 pessoas em apenas 24 horas de voo.
Como o drone estava sendo empregado?
O drone RQ-900 era utilizado para localizar e auxiliar pessoas em situação de isolamento ou risco. Ao avistá-lo ou ouvir seu som, indivíduos nessas condições eram orientados a sinalizar suas localizações para facilitar o resgate.
Os voos ocorriam na região da Quarta Colônia, área fortemente afetada pelas enchentes.
De acordo com a FAB, o uso do equipamento permitia análises em tempo real e de alta precisão das áreas atingidas, facilitando o mapeamento e a modelagem das mesmas.
Proibição do uso de drones particulares
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), vinculado à FAB, emitiu uma proibição do uso de drones particulares sobre áreas afetadas pelas enchentes. A medida foi tomada após órgãos responsáveis pelas operações de resgate relatarem que esses equipamentos estavam comprometendo a segurança das aeronaves em atividade.
A Defesa Civil do estado alertou os civis para não utilizarem seus próprios drones, destacando que essas ações podem prejudicar significativamente a segurança das operações de socorro.
“Muitos civis estão subindo drones para a captação de imagens nas áreas afetadas, e isso pode prejudicar significativamente a segurança de voo das nossas aeronaves empregadas nas ações de socorro”, afirmou a tenente Sabrina Ribas, da Defesa Civil do estado.