Itabuna: Hospital materno-infantil adota o uso de redinhas para bebês internados em UTI

O Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, cidade do sul da Bahia, adotou o uso de redes, que são usadas como incubadoras, no tratamento de bebês, internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. As redinhas acolhem os bebês como se eles estivessem no útero da mãe e a unidade médica já comprovou clinicamente que os resultados são bem positivos. As informações são do portal G1.

Luana Silva acompanha o filho, que está internado na maternidade neonatal, após nascer prematuro. Lian Silva vem recebendo atenção semi-intensiva, porque o quadro dele apresentou evolução.

A mãe de Lian acredita que o tratamento humanizado com o uso de redes dentro das incubadoras está fazendo a diferença na recuperação do filho. “Ele come na caminha, ele desce para baixo, ele se agita, ele arranca a sonda. E na rede não, ele fica quietinho”, disse.

Inspiradas na cultura indígena, as redes mantêm os bebês mais calmos. Apesar de todos os benefícios da técnica, nem todos podem ir para as redes. Atualmente, só três dos 21 bebês internados na unidade médica passam por esse tipo de fisioterapia.

“O paciente tem que estar medicamente estável, tem que estar com a estabilidade clínica. Então, a gente faz a avaliação dos pacientes mais prematuros, abaixa o peso e aí aplica a técnica”, explicou a fisioterapeuta Mirele Antunes.

A fisioterapeuta afirma que a melhora no quadro de saúde dos bebês que nascem prematuros já foi confirmada. “A redinha basicamente estimula a posição intrauterina do recém-nascido prematuro, pelo fato que ele é limitado do tempo que ele passa dentro do útero da mãe, porque ele nasce antes. Então essa limitação intrauterina da mãe prejudica o desenvolvimento psicomotor e na redinha eles ficam com os braços fletidos e as pernas fletidas”.

“Isso simula a posição fetal intrauterina e a partir disso melhora o peso e diminuiu a frequência cardíaca e respiratória”, concluiu Mirele Antunes.

BN



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