Comunidades terapêuticas que recebem milhões do poder público submetem internos a castigo, denuncia Fantástico

Instituição que acolhe dependentes químicos perto de Salvador é alvo de denúncia do Fantástico.

Segundo a reportagem, a instituição é acusada de castigos físicos, racionamento de comida, segregação e repressão sexual, interferindo no cuidado médico.

De acordo com o Fantástico, o pastor Isidório, responsável pela referida instituição afirma que pessoas transgênero são diabólicas.

“Você deixou o Diabo lhe enganar. Você deixou o médico cortar seu pé de sofá. Ela só pensa que tem bilau. O Diabo diz ao homem que ele pode ser mulher, aí ele se veste todo, bota silicone”, disse Isidório, segundo a reportagem.

Conforme o Fantástico, monitores e ex-internos afirmaram sofrer rotinas de castigos, “três dias de arroz”.

Além desse caso, o Fantástico investigou também outros exemplos de descaso no tratamento de dependentes químicos em instituições que recebem dinheiro público.

Em um estabelecimento no interior de Minas Gerais, a dependência química é tratada como “maldição”.

Lá, segundo a reportagem, os internos contaram que cuidam da medicação de outros internos.

Ainda conforme o Fantástico, as comunidades terapêuticas têm recebido cada vez mais dinheiro público, repassado por municípios, estados e União.

Segundo informações, em 2019, o Ministério da Cidadania, responsável pelo programa de comunidades terapêuticas disponibilizou mais de R$ 81 milhões. Já no ano passado, o valor chegou a R$ 134 milhões.

No mesmo período, houve um aumento de 11% na rede de atendimento psicossocial a dependentes de álcool e drogas do SUS, conhecido CAPS.

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