Coronavírus: um panorama sobre a pandemia no início de 2022

Mais um ano que se passa e mais um ano que continuamos a sofrer com os impactos de uma pandemia global que parece não cessar.

Esta sensação de incerteza e o receio com o futuro são explicados pelo fato de a ciência e as autoridades competentes estarem lidando com uma realidade nova, que impõe inúmeros desafios além da questão da saúde, como por exemplo:

  • A questão econômica
  • Questões políticas e ideológicas
  • Gestão da pandemia
  • Acessibilidade à vacinas 
  • Burocracias

Logo, apesar da velocidade que conseguimos desenvolver diversas vacinas para conter o avanço da pandemia e proteger a população, a comunidade científica vive um dilema um pouco mais complexo do que marcar e colocar parágrafos no Word, por exemplo, ao contrário do que muitos pensam. 

É essencial ressaltar este ponto pois um dos efeitos colaterais da pandemia foram os conflitos ideológicos desde o início de 2020, sendo que esta deveria ser uma questão puramente técnica, científica e política.

Pensando neste quadro, nesta sensação de insegurança, incerteza com o futuro e dúvidas perante ao avanço da pandemia, é essencial que seja analisado um panorama geral sobre a pandemia neste início de ano.

Afinal, estamos melhor ou pior do que no início da pandemia? Como surgem as novas variantes e qual sua gravidade? A vacinação é o suficiente para conter a pandemia?

Brasil volta a bater recorde pessoal na média móvel de casos

Bem, a pergunta que não quer calar é: estamos melhor do que no início da pandemia, em relação ao número de casos de COVID?

De maneira simples e rápida, a resposta é difícil de ser traçada de maneira clara. Isso porque para responder esta pergunta é necessário que sejam avaliados diversos critérios e aspectos, desde o número de casos até a severidade dos casos.

No entanto, um dado que chama muito a atenção para esta questão comparativa é: o país voltou a bater seu próprio recorde na questão de casos diários de COVID-19. O número da vez é 140.6 mil casos em 24 horas, apenas.

Para compreender a gravidade deste dado não é necessário que se analisem diversos exemplos de parágrafos no texto de páginas especializadas ou periódicos de medicina, mas basta comparar o número de casos com o mesmo período no ano passado.

Contudo, este dado não pode ser analisado de maneira isolada. Apesar do aumento no número de casos de COVID-19 devido às comemorações de fim de ano, principalmente, as campanhas de vacinação têm segurado o número de óbitos em todo o país.

Isso mostra, mais uma vez, a importância das campanhas de vacinação, do incentivo público para a população buscar se vacinar e também do investimento em ciência.

A vacinação infantil e mais um capítulo de disputas ideológicas

Não apenas no Brasil, mas mundialmente, o combate ao avanço do coronavírus se tornou uma discussão não só sanitária, técnica e científica, mas se tornou também uma disputa ideológica e até ética, que envolve decisões sobre o que é visto como certo e errado.

Isso é extremamente perigoso, pois o conceito de certo e errado é completamente variável de acordo com a pessoa e suas experiências individuais. 

Portanto, este debate deveria ser realizado estritamente no âmbito técnico e científico, com argumentos sólidos e discussões construtivas, que busquem soluções para o atual problema.

O mais novo capítulo desta novela ideológica diz respeito às campanhas de vacinação infantil contra a COVID-19, onde parte da população acha isso extremamente necessário, enquanto outra parte da população ainda se mostra receosa quanto aos efeitos das vacinas.

Um dos grandes exemplos desta disputa ideológica é vista em uma notícia recente da plataforma O Globo, que mostra a articulação de defensores do presidente para suspender as campanhas de vacinação infantil ao redor do país.

A vitória da ciência e o resultado das campanhas de vacinação

Como explicar um recorde no número de casos em 24 horas sem isso estar acompanhado de um recorde também no número de óbitos em 24 horas?

A única resposta plausível e possível para esta pergunta é: as campanhas de vacinação são responsáveis pela queda nos números de óbitos relacionados à COVID-19, apesar do número astronômico de casos neste início de 2022.

De acordo com analistas políticos, a campanha de vacinação infantil e a ciência, de maneira geral, se mostraram como elementos extremamente importantes para a disputa presidencial deste ano.

Portanto, é sempre importante ressaltar: a saúde não é uma questão ideológica, mas sim uma questão política, pois depende intrinsecamente da atuação de órgãos públicos, do repasse de verbas e da capacitação de profissionais para atuarem no poder público.



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