Ao menos cinco estados, além do Distrito Federal, já liberaram uso da máscara; na Bahia, não há previsão para reflexibilização
Mas qual é a decisão mais indicada? Infectologistas ouvido pelo iBahia ainda têm ressalvas em relação a medida de relaxamento. Para Fernanda Grassi, da Friocruz, apesar do número de casos caindo de maneira progressiva, é necessário ter precaução na “volta da normalidade”.
Grassi ressalta ainda que não é possível por enquanto mensurar o impacto das festas de carnaval em diversas partes do país, que podem causar uma nova onda de casos.
O infectologista Claudilson Bastos também considera esta liberação precipitada. “Crianças não foram totalmente imunizadas, por exemplo. A gente precisa ter uma imunidade completa para a partir daí avaliar as três medidas principais: distanciamento, higienização das mãos e uso de máscara”.
Já o infectologista Bruno Fernando Buzo acredita que retirar a máscara seja um caminho natural com o avanço da vacinação no país. Porém, o especialista ressalta que a flexibilização deve ser gradual. “Primeiro aumentamos o número de participantes em eventos, depois libera o uso de máscara em espaço aberto, para depois haver uma liberação no espaço fechado, corporativo”, explicou.
Grupos de riscos
Os especialistas são unânimes em dizer que pessoas no grupo de risco – idosos, gestantes, imunossuprimidos e pessoas comorbidades – idealmente devem manter o uso da máscara, especialmente em espaços fechados, independentemente dos decretos.
Situação do momento
Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 652 mortos por Covid-19. A média móvel voltou a ficar acima de 500 após seis dias.
Na Bahia, de acordo com dados da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), 81.76% dos baianos receberam duas doses ou a dose única da vacina. Em relação a terceira dose, o número cai para 36%.