Dificilmente Marinho e Hernane se cruzarão no Ba-Vi de hoje, pela primeira partida da final do Campeonato Baiano, às 16h, no Barradão. No máximo, um aperto de mão após o Hino Nacional. Depois, cada um cuidará de uma extremidade diferente do gramado. Mas eles serão os mais observados no clássico.
No lado do Leão, Marinho não seria a principal aposta para artilheiro do Vitória no ano. Diferentemente de Hernane, o atacante rubro-negro tem característica de beirada, daquele que geralmente é mais garçom que goleador. Entretanto, Marinho tem sido os dois. O camisa 7 é o melhor nos quesitos assistência e gol. Além dos três passes que resultaram em gol, Marinho já balançou a rede oito vezes em dez jogos. Uma média de 0,8 comemoração por partida.
Nada de 0×0
Se depender dos dois artilheiros, no Ba-Vi poderá acontecer de tudo, menos um placar magrinho e sem gol. “Fico feliz pela boa fase que estou passando aqui. Não apenas eu, mas todos nós estamos totalmente focados nesta decisão, pois o bicho vai pegar domingo. Clássico é sempre especial e todo mundo quer jogar e fazer gol”, comenta Marinho.
Para Hernane, manter a média de um gol por jogo não é mais importante que ampliar a atual vantagem de jogar por dois empates para ser campeão. Para ele, nada de placar zerado. “O resultado de 0x0 acho que é arriscado, podemos tomar gol (na partida de volta, dia 8, na Fonte). O Bahia vai jogar para ganhar a partida. A nossa equipe não está pensando em dois resultados iguais porque isso é perigoso. Vamos entrar para jogar e ganhar”, revela o Brocador.
Apesar dos dois brocadores em evidência, ter um ator coadjuvante como herói no clássico não será surpresa. No Baiano, Hernane não é o artilheiro do Bahia. Edgar Junio é o goleador do estadual, com cinco gols, um a mais que o Brocador. No rubro-negro, Diego Renan tem os mesmos três gols de Marinho. E Kieza está de olho nas honrarias. Artilheiro do Baiano em 2015, pelo Bahia, com oito gols, o camisa 9 fez dois até agora.