Braskem pagou US$ 4,3 mi a político e executivo da Petrobras

Segundo um documento emitido pelo órgão do governo norte-americano que regula o mercado de ações nos EUA (SEC), a petroquímica Braskem pagou 4,3 milhões de dólares (ou R$ 14 milhões, no câmbio da última sexta-feira, 30) a “um congressista brasileiro” e a um executivo da Petrobras. Os nomes não foram revelados.

De acordo com a Folha de S. Paulo, a propina foi paga para garantir um contrato entre a estatal e a empresa, que queria garantir a construção de uma unidade de produção de polipropileno em Paulínia, no interior de São Paulo. O acordo foi fechado em 2006, quando a Braskem desconfiou que podia perder a obra.

De acordo com a matéria, os pagamentos foram “descaracterizados” pela Braskem em seus registros contábeis como “pagamentos de comissões” e “consolidados nas declarações financeiras como custos ou despesas de negócios legítimos”.

A unidade custou R$ 700 milhões e foi inaugurada em 2008. Segundo a Braskem, a princípio, a empresa teria 60% da Petroquímica Paulínia, enquanto os outros 40% caberiam à estatal. Por fim, um novo acordo assinado em 2007 “consolidou a parceria estratégica entre as companhias”, dando 100% do controle do capital da unidade à Braskem. À Petrobras caberia deter 25% do capital da Braskem e investir 450 milhões de dólares em duas unidades de propeno.

A empresa possui ações na Bolsa de Nova York e por isso foi submetida à fiscalização.

As informações são do acordo de leniência fechado pela Odebrecht com Brasil, EUA e Suíça.

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