Morre o cantor e compositor Erasmo Carlos aos 81 anos

O cantor e compositor havia sido internado hoje de manhã no Hospital Barra Dór.

Foto: reprodução

Nesta terça-feira (22), Erasmo Carlos faleceu aos 81 anos. O cantor e compositor havia sido internado hoje de manhã no Hospital Barra Dór, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, às pressas.

No início deste mês de novembro, o artista comemorou alta após duas semanas de internação no Barra D’Or para realizar exames e tratar uma síndrome edemigênica. Na terça-feira (22), voltou a ser internado e intubado.

Há alguns meses, uma síndrome edemigênica, que ocorre quando há um desequilíbrio bioquímico, dificultando a manutenção dos líquidos dentro dos vasos sanguíneos. Geralmente, essa enfermidade é causada por doenças cardíacas, renais ou dos próprios vasos.

Entre os maiores sucessos de sua carreira estão as músicas “Gatinha Manhosa” e “Festa de Arromba”.

História

Erasmo Esteves nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Sempre se interessou por arte e, em especial, música. Na juventude, junto a Tim Maia e Jorge Ben Jor, vivia no ambiente do Rock N’Roll carioca, o que lhe fez optar pela carreira de músico. Ficou famoso por suas parcerias com o cantor Roberto Carlos e tornou-se, ao longo de seis décadas, um dos maiores nomes da música popular brasileira.

No cinema, estreou em Minha Sogra É da Polícia (1958), dirigido pelo amigo Aloisio T. de Carvalho. Se destacou como ator em Os Machões (1972), longa no qual atua ao lado de Reginaldo Faria e Flávio Migliaccio. Pela produção, foi premiado como Melhor Ator Coadjuvante pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Erasmo também atuou em O Cavalinho Azul (1984) e Paraíso Perdido (2018), além de contribuir com depoimentos em diversos documentários.

Participou efetivamente junto com Roberto Carlos e com Wanderléa do programa Jovem Guarda onde tinha o apelido de Tremendão, imitando as roupas e o estilo de seu ídolo Elvis Presley. Seus maiores sucessos como cantor nessa fase foram “Gatinha Manhosa” e “Festa de Arromba”. Com o término do movimento, entrou em crise, mas conseguiu se recuperar com a ajuda de seu parceiro Roberto Carlos e de sua esposa, Narinha. Nessa fase de transição fez sucesso cantando “Sentado à Beira do Caminho” e “Coqueiro Verde”.

O LP, de 1969, traz interpretações muito peculiares de canções de compositores da MPB, como “Saudosismo”, de Caetano Veloso e “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso (lançada no filme Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa em que Erasmo atua com Roberto e Wanderléa) e “Teletema” (canção originalmente interpretada por Regininha, sucesso por ter sido tema da novela Véu de Noiva, da Rede Globo), de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, além da primeira gravação de “Sentado à Beira do Caminho”.

Na década de 1970, Erasmo assina com a Polygram. A primeira metade da década mostra o Tremendão num estilo bem diferente da Jovem Guarda. Influenciado pela cultura hippie e pelo soul, lança Carlos, Erasmo em 1971. O disco, que abre com “De Noite na Cama”, escrita por Caetano Veloso especialmente para ele, traz uma polêmica ode à maconha, em “Maria Joana”.

O existencialismo prossegue em seus outros LPs dos anos 70: 1941-1972 – Sonhos e Memórias, 1990 – Projeto Salvaterra e Banda dos Contentes. “Sou uma Criança, Não Entendo Nada”, “Cachaça Mecânica” e “Filho Único” são algumas canções de destaque no período. Pelas Esquinas de Ipanema, seu LP de 1978, inclui uma impactante canção que denuncia o descaso do homem com a ecologia: “Panorama Ecológico”.

 

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