Em uma assembleia geral realizada na tarde desta quinta-feira (25), no auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba), os professores das instituições federais de ensino superior da Bahia (Apub Sindicato) aprovaram, por ampla maioria, o início de uma greve a partir da próxima segunda-feira (29).
A categoria luta por reajuste salarial, reestruturação das carreiras do Magistério Superior e EBTT, e recomposição orçamentária das universidades e institutos federais. Segundo a Apub Sindicato, a falta de resposta satisfatória do governo federal às suas demandas motivou a greve.
“A decisão já foi tomada. Não é uma divergência, mas nós temos as fases. A gente aprova o indicativo com 72h de antecedência. Já entendi a posição de vocês que está deflagrada [a greve] aqui, agora. Só estou me preocupando com a formalidade. O que seria correto é fazer uma nova assembleia depois de 72h para deflagar. Como existe uma divergência política em relação a isso, o que vamos fazer para garantir o mínimo de segurança é uma reunião com o comando de greve na segunda-feira. Hoje é quinta e as 72h serão contadas até o final de semana. Na segunda tem a reunião do comando para instalar a greve. Esse é o procedimento”, explicou.
Na votação, 210 professores optaram pelo início imediato da greve, enquanto 129 defenderam a decretação de estado de greve e quatro se abstiveram.
Apesar da maioria ter votado pela greve imediata, a Apub Sindicato precisa informar à universidade o indicativo de greve com 72 horas de antecedência, conforme lei. A formalidade será cumprida e uma nova assembleia será realizada na segunda-feira para oficializar a greve.
Uma reunião com o comando de greve está agendada para segunda-feira (29) para definir os detalhes da paralisação e as estratégias de mobilização. A próxima mesa de negociação com o governo federal está marcada para o dia 6 de maio.
Além da Ufba, a decisão atende às reivindicações dos docentes da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob). Os professores da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), campus Malês, também realizaram uma assembleia na manhã desta quinta, mas não aprovaram uma greve.
