Professores de universidades e institutos federais entram em greve

professores paralisam atividades
Imagem: Ilustrativa/divulgação

Professores de universidades federais, institutos federais e centros federais de educação tecnológica iniciaram uma greve nacional na segunda-feira, dia 15 de abril. A decisão veio após a rejeição da proposta do governo federal de reajuste salarial zero e aumento apenas em auxílios.

Em vez da proposta do governo, os professores exigem um reajuste salarial de 22,71% a ser pago em três parcelas ao longo dos próximos três anos. Além disso, lutam pela revogação da portaria do MEC que aumenta a carga horária e controla a frequência por ponto eletrônico, bem como pela revogação do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum para a Formação de Professores (BNC-Formação).

A principal motivação para a greve é a insatisfação com a falta de reajuste salarial, que, segundo os docentes, está defasado e não acompanha a inflação. Além disso, as medidas do MEC são vistas como ataques à autonomia das universidades e à qualidade do ensino.

A greve já está causando impactos no ensino, com aulas suspensas em diversas instituições. O prejuízo ao ensino e à pesquisa ainda está sendo avaliado, mas espera-se que seja significativo.

O Comando Nacional de Greve (CNG) foi instalado na segunda-feira e, na tarde do mesmo dia, os professores participaram de uma audiência pública na Câmara dos Deputados. A greve é por tempo indeterminado, e novas mobilizações estão sendo planejadas.

Na terça-feira (16), até o dia 18 de abril, o movimento dará início à Jornada de Luta “0% de reajuste não dá!”, convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). Está prevista ainda a realização de uma semana de atividades locais nas instituições entre 22 e 26 de abril.

Em nota, o Ministério da Gestão informou que, além de formalizar a proposta apresentada na última quinta-feira, também foi assumido o compromisso de abrir, até o mês de julho, todas as mesas de negociação específicas de carreiras solicitadas para dar tratamento às demandas e produzir acordos que sejam positivos aos servidores.

De acordo com o órgão, já há dez mesas tratando de reajustes para a educação com acordos consensualizados e oito estão em andamento. Além disso, foi criado um grupo de trabalho para tratar da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). “O relatório final do GT, entregue no dia 27/3 à ministra da Gestão, Esther Dweck, servirá como insumo para a proposta do governo de reestruturação da carreira, que será apresentada aos servidores na Mesa Específica de Negociação.”

A nota conclui que a pasta segue aberta ao diálogo com os servidores da área de educação e de todas as outras áreas, “mas não comenta processos de negociação dentro das Mesas Específicas e Temporárias.”



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