Para dar aquele toque mais quente nas receitas, nada melhor do que uma boa pimenta. Mas existe um mundo de sabores além da famosa pimenta-do-reino moída, companheira quase inseparável do sal no preparo caseiro, ou da malagueta no vidro de conserva sempre à espreita na hora da feijoada ou do churrasco.
Variedade não falta: desde a suave páprica até a perigosíssima Trinidad Scorpion, considerada a pimenta mais ardida do mundo. No uso diário, elas podem ser escolhidas de acordo com a sensação procurada no prato, das mais picantes até as doces (sim, existem e são uma delícia).
Para comprar pimentas frescas, procure as com casca brilhante, mais firmes e macias. É possível conserva-las na geladeira por até duas semanas, dentro de um saco plástico, ou então em um vidro hermeticamente fechado dentro do armário, longe do sol. E, para driblar o ardor em excesso, uma dica muito simples: ao preparar, remova as sementes e as partes brancas do interior da pimenta.
No caso das pimentas em grão, moer na hora de usar faz toda a diferença no preparo, já que o sabor se altera com a passagem do tempo. Temperos que ficam muito tempo na despensa acabam perdendo a potência.
Picante e pequena, muito vermelha quando madura, aparece em molhos e em vários pratos com carnes e frutos do mar. Pode ser usada fresca ou ainda desidratada e em flocos, para dar um toque mais quente para pratos diversos – é possível até fazer geleia ou calda doce com o ingrediente.
Associada com a culinária mexicana, tem ardor médio e pode ser consumida fresca, em molho ou desidratada. É a companheira de receitas como guacamole e chili con carne. Quando desidratada e defumada, ela é vendida com o nome de chipotle, variação que dá corpo aos pratos.
Pequena e suave, a pimenta-biquinho ou pimenta-de-cheiro é natural do Brasil e aparece em pratos doces e salgados com a mesma classe. Servida às vezes como aperitivo em conserva, elas tem nível baixo de picância e sabor muito marcante, doce e perfumada. Fica boa em molhos e até mesmo em drinques.
É daquelas pimentas potentes, que demandam cuidado no uso. Parte essencial da culinária Cajun, típica da reigão de Nova Orleans (EUA), ela fica muito bem com frutos do mar, sopas e pratos com queijo. Uma sugestão é acrescentar uma pitada na fondue de queijo para dar um toque diferente ao prato tradicional do inverno.
Suave e até mesmo doce, a páprica é produzida a partir de pimentões-doces desidratados e moídos. É a estrela de pratos típicos da Europa Oriental, como o goulash (cozido de carne da Hungria, maior consumidora do tempero no mundo). A versão defumada, muito utilizada na Espanha, vai bem com carnes vermelhas, frango e ovos.
*Uol